No dia 6 de outubro de 2024, mais precisamente às 19h, a Polícia Federal divulgava o balanço das operações que visavam a garantia da segurança no pleito eleitoral no Ceará. Na época, oito pessoas foram presas em flagrante no Estado por irregularidades eleitorais. Outras 17 pessoas foram conduzidas à autoridades policiais. Entre os municípios fiscalizados, Campos Sales, no Cariri, foi o que obteve o maior número de irregularidades. Seis meses depois do ocorrido, o vereador Dercinho (PT) concedeu uma declaração de que é necessário que haja uma investigação para saber se essas irregularidades tiveram ou não influência na eleição local. Segundo o parlamentar, não pode ser descartado de que a derrota de João Luiz em Campos Sales tenha recebido interferência diante dessa situação.
De acordo com o parlamentar, João Luiz, prefeito que concorria à reeleição em 2024, não alcançou uma gestão perfeita, mas é preciso confirmar essas polêmicas não interferiram em seu desempenho nas urnas. “Não existe gestão perfeita, mas a gestão de João Luiz trouxe desenvolvimento para Campos Sales. Toda a população do município sabe: existe uma ação que aponta para possíveis compras de votos. Foi registrado a prisão de pessoas em flagrante, inclusive com dinheiro. Mas vamos deixar que a Justiça Eleitoral despache. Que houve o problema, houve. Aí é investigar se essa situação interferiu numa eleição que teve a diferença de 600 votos”, ponderou.
O vereador também pregou cautela, e opinou sobre a dificuldade em um retorno mais ágil por parte da Justiça em dar a resposta diante deste caso. “Hoje existe em Campos Sales uma situação onde as coisas costumam não andar. Sabemos que a Justiça é muito demandada, mas nós não temos um juiz titular. Nesse caso, a Justiça depende de um relatório que está sendo elaborado pela Polícia Federal. Vamos deixar quem tem competência para lidar com esse assunto”, afirmou.