O cientista político João Paulo Bandeira avaliou como positiva a decisão do deputado estadual Carmelo Neto (PL) em adotar “Bolsonaro” em seu nome parlamentar na Assembleia Legislativa. Segundo Bandeira, em participação no podcast “Sem Arrodeio”, a alteração pode trazer ganhos eleitorais ao agora “Carmelo Bolsonaro”, especialmente após a perda do comando estadual do Partido Liberal (PL).
Segundo Bandeira, a mudança tende a reforçar sua identificação com o eleitorado bolsonarista e aumentar suas chances em uma futura disputa. A expectativa é de que Carmelo Bolsonaro busque uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026, quando enfrentará concorrência de outros nomes alinhados ao mesmo grupo político.
“Pensando no futuro de curto prazo do deputado Carmelo Bolsonaro, foi um acerto para ele, sim, fazer essa mudança, já que ele percebe que na raia dele também vão ter muitas pessoas disputando”, explicou João Paulo.
O uso do sobrenome Bolsonaro tem se consolidado como uma estratégia entre políticos aliados do ex-presidente em todo o país, funcionando como uma espécie de selo de identidade com a base conservadora. No Ceará, esse movimento ganha relevância em razão da disputa cada vez mais acirrada por votos desse campo, que tende a se pulverizar entre diferentes lideranças.
A escolha de Carmelo pode ser vista como uma tentativa de se firmar como principal representante bolsonarista no Estado. Além de reforçar seu discurso, a mudança busca garantir maior visibilidade em um eleitorado específico, que tem se mostrado relevante em diversas disputas eleitorais.
Ver essa foto no Instagram
Acompanhe o podcast na íntegra:
