
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (17/09), a Operação EUROCYBER, com a finalidade de aprofundar as apurações relacionadas ao setor técnico da organização criminosa internacional investigada na Operação EUROGOLPES, realizada em junho de 2024.
A apuração teve início a partir de comunicações feitas por agências de segurança e instituições financeiras europeias (EUROPOL PORTUGAL/ESPANHA), encaminhadas à PF por meio de cooperação policial internacional. As informações relatavam ataques virtuais com o objetivo de invadir contas bancárias, utilizando sites falsos e estratégias de engenharia social, com movimentações suspeitas detectadas no Brasil.
O prejuízo total das fraudes investigadas ultrapassa € 7 milhões (mais de R$ 35 milhões), com foco principal em contas bancárias de clientes em Portugal e Espanha.
Com o avanço das investigações, foi possível identificar um novo alvo estratégico: o operador técnico do esquema. Ele seria o responsável por desenvolver as ferramentas de fraude, como páginas de phishing e sistemas para captura de dados bancários e pessoais, além de vender essas informações sensíveis. O investigado mantinha contato direto com o núcleo financeiro do grupo e recebia pagamentos pelos serviços por meio de contas bancárias e criptomoedas, utilizando inclusive uma empresa registrada em seu nome.
Na operação desta manhã, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no estado do Maranhão, nos municípios de Imperatriz e Sítio Novo. O principal objetivo foi apreender equipamentos eletrônicos, mídias digitais, computadores, carteiras de criptoativos, dinheiro em espécie, documentos e bens de alto valor que possam ter sido adquiridos com o dinheiro das fraudes. Os itens recolhidos passarão por análise técnica, com a finalidade de encerrar a investigação inicial, além de possibilitar a identificação de outros envolvidos e dimensionar o alcance das ações criminosas.
Os suspeitos poderão ser responsabilizados pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa transnacional, além de possíveis delitos como fraude eletrônica ou furto mediante fraude, conforme os indícios reunidos. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
As investigações seguem em andamento com a colaboração entre as unidades da Polícia Federal do Ceará e do Maranhão.
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