O Ceará registrou no primeiro semestre de 2025 o valor médio de condomínio mais elevado do país. De acordo com o Índice de Inadimplência Condominial (IIC), a taxa mensal no estado alcançou R$ 1.121,26, superando todas os outros estados brasileiros.
A inadimplência nesse setor compromete diretamente a manutenção da estrutura, a conservação dos espaços e o funcionamento de serviços básicos, como limpeza, portaria e segurança. O impacto também atinge os trabalhadores contratados, como porteiros e zeladores, que dependem do fluxo financeiro regular para o recebimento de seus salários.
Segundo Raphael Fontoura, CEO de uma empresa especializada em soluções financeiras para condomínios, a taxa condominial deve ser compreendida como um benefício geral. “É importante que os moradores entendam que o pagamento da taxa condominial não é apenas uma obrigação, mas um investimento coletivo que garante segurança e qualidade de vida para todos”, pontua.

Maiores valores médios no 1º semestre de 2025:
- Ceará: R$ 1.121,26
- Pernambuco: R$ 1.005,39
- Rio de Janeiro: R$ 868,70
- Pará: R$ 850,21
- Alagoas: R$ 840,87
Dados do Instituto de Estudos de Protesto e Títulos do Brasil (IEPTB-CE) mostram que, entre janeiro de 2020 e março de 2025, foram acumulados R$ 12,3 milhões em taxas condominiais não pagas no Ceará. Desse montante, 63,32% resultaram em protestos em cartórios.
Para enfrentar esse cenário, Raphael defende que síndicos e condôminos busquem alternativas financeiras, como a antecipação da receita condominial por meio de empresas garantidoras. “Além de manter o fluxo do condomínio em dia, a antecipação de receitas permite que o síndico tenha acesso imediato aos recursos necessários, garantindo que serviços essenciais e manutenções não sejam interrompidos, mesmo quando há atraso no pagamento de alguns condôminos”, explicou.
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