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Ministério do Trabalho inclui 15 empregadores cearenses na “Lista Suja”

O Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecido como “Lista Suja”, foi atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta segunda-feira (06/10). A nova relação inclui 691 nomes, dos quais 15 pertencem a empregadores do Ceará.

Entre os destaques da atualização, 159 novos empregadores foram adicionados: 101 pessoas físicas e 58 jurídicas, representando um aumento de 20% em relação à publicação anterior. Os casos registrados ocorreram entre 2020 e 2025, resultando no resgate de 1.530 trabalhadores de situações de exploração.

No recorte estadual, Minas Gerais lidera o número de inclusões, com 33 casos, seguida por São Paulo (19), Mato Grosso do Sul (13) e Bahia (12). Em termos de atividades econômicas, a criação de bovinos para corte apresenta 20 casos, os serviços domésticos somam 15. O cultivo de café também entra na lista, com nove casos, e a construção civil, com oito registros. Além disso, 16% das novas inclusões estão vinculadas a atividades urbanas.

Ministério do Trabalho inclui 15 empregadores cearenses na “Lista Suja”
Foto: Divulgação/Ministério do Trabalho

“No curso das ações fiscais da Inspeção do Trabalho em que são encontrados trabalhadores em condição análoga à de escravo, são lavrados autos de infração para cada irregularidade trabalhista identificada, os quais demonstram a existência de graves violações de direitos, além de auto de infração específico”, explica o Ministério do Trabalho.

A inclusão de nomes no Cadastro ocorre apenas após a conclusão de processos administrativos, garantindo o contraditório e a ampla defesa aos autuados. Os empregadores permanecem na lista por dois anos e, nesta atualização, 184 nomes foram excluídos por já terem completado esse período. Criada em 2003, a lista teve sua constitucionalidade reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Denúncias

Para denunciar casos de trabalho análogo à escravidão, é possível utilizar o Sistema Ipê, uma plataforma lançada em 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O sistema funciona de forma remota e sigilosa e está integrado ao Fluxo Nacional de Atendimento às Vítimas do Trabalho Escravo, recebendo exclusivamente denúncias relacionadas a essa prática.

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