Uma manifestação realizada nesta terça-feira (07/10), em frente ao Paço Municipal de Fortaleza, reuniu movimentos sociais em defesa da reformulação do sistema de transporte coletivo da Capital e da adoção da Tarifa Zero. A mobilização resultou em uma reunião com representantes do prefeito Evandro Leitão (PT), que se comprometeram a criar um canal permanente de diálogo, por meio do gabinete do gestor, e a realizar um novo encontro de acompanhamento ainda neste mês de outubro.
A iniciativa foi articulada por uma ampla frente de organizações. São elas: Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento Caminhando em Luta, União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento Negro Unificado (MNU), Casa de Cultura e Defesa da Mulher Chiquinha Gonzaga, Núcleo de Atendimento Jurídico Comunitário (NAJUC), Fogo no Pavio, Afronte, Movimento Busão 0800 e Diretório Central dos Estudantes (DCE) do IFCE.

Durante o ato, o grupo entregou ao prefeito uma carta que detalha as principais dificuldades enfrentadas pelos usuários do transporte público, como a redução de linhas, o aumento no tempo de espera e a superlotação nos horários de pico. No documento, os movimentos reivindicam medidas emergenciais tanto da Prefeitura quanto do Sindiônibus, incluindo:
- Ampliação imediata da frota de ônibus, a fim de diminuir as lotações e reduzir o tempo de espera nos pontos;
- Redução do valor da tarifa e adoção da Tarifa Zero;
- Criação de uma mesa de diálogo permanente para discutir e propor uma reformulação do sistema de transporte coletivo da cidade.
O deputado estadual Léo Suricate (Psol) também participou da manifestação e da reunião. Em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), o parlamentar declarou apoio às pautas apresentadas.
“Enquanto o Sindiônibus fala sobre redução de frota, a gente fala e luta por uma proposta que interessa realmente o povo: a tarifa zero. O povo de Fortaleza não pode continuar refém de um sistema que opera sob chantagem e descaso. É preciso garantir transparência, controle social e um transporte digno, que atenda de fato às necessidades da população. A discussão do Busão 0800 precisa ser uma pauta permanente”, pontuou.
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