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COP30 inicia com foco em transição energética e financiamento climático

Belém se torna, a partir desta segunda-feira (10/11), o foco das discussões mundiais sobre o futuro do planeta. A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), primeira a ocorrer na Amazônia, reúne cerca de 50 mil participantes, entre líderes políticos, cientistas e representantes da sociedade civil.

No centro das negociações estão três eixos considerados prioritários: transição energética, adaptação climática e financiamento. A presidência brasileira da conferência pretende conduzir a elaboração de um “mapa do caminho”, documento que definirá etapas e prazos para substituir gradualmente combustíveis fósseis por fontes renováveis, garantindo que o processo seja justo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

COP30 inicia com foco em transição energética e financiamento climático
Foto: Wagner Meier/Getty Images

Em paralelo, o Objetivo Global de Adaptação (GGA) propõe avaliar o nível de preparo das nações frente aos efeitos das mudanças climáticas. O instrumento busca promover uma adaptação equilibrada, identificando onde há avanços e onde faltam recursos. Já no campo financeiro, as atenções se voltam para o Roteiro de Baku a Belém, plano que visa mobilizar até US$ 1,3 trilhão por ano até 2035, com o objetivo de ampliar o acesso a investimentos sustentáveis e reduzir o endividamento.

Entre as iniciativas que reforçam o protagonismo brasileiro, se destaca o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). O mecanismo propõe a remuneração de países que preservam suas florestas por meio de investimentos de renda fixa e não de doações. Com aportes já anunciados de mais de US$ 5,5 bilhões, o fundo é apontado como uma das principais apostas do governo para impulsionar a conservação ambiental.

COP30 inicia com foco em transição energética e financiamento climático
Foto: Thinkstock

A expectativa é que o encontro em Belém transforme promessas em ações mensuráveis. Para isso, são esperadas novas metas nacionais de redução de emissões (NDCs) e um plano global de transição energética capaz de manter o aquecimento dentro do limite de 1,5 °C.

Até o momento, pouco mais de uma centena de países apresentou suas novas metas climáticas para 2035. No entanto, a maior parte delas permanece distante do nível considerado adequado.

Atualmente, os compromissos assumidos abrangem somente cerca de 30% das emissões globais e resultariam em uma redução de aproximadamente 4% até 2035. Porém, o número é bem abaixo dos 60% indicados pela comunidade científica como necessários para estabilizar o clima do planeta.

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