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Brasil entra no top 10 global do turismo em criação de empregos

Foto: Reprodução

O Brasil foi destacado pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) como uma das dez maiores potências do turismo em geração de empregos. Segundo o relatório “Travel & Tourism Economic Impact 2025: Global Trends”, o país ocupa a 7ª colocação no ranking mundial, com estimativa de 8,21 milhões de vagas no setor em 2025, desempenho que reforça o papel do turismo como impulsionador do crescimento e da inclusão social, especialmente fora dos grandes centros. Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, o resultado é um indicativo da confiança internacional no destino Brasil e da efetividade de políticas públicas voltadas à competitividade do setor.

Os dados chegam em um momento de aceleração do ciclo turístico. Projeções do próprio WTTC apontam que a contribuição do turismo para o PIB brasileiro deve atingir US$ 167,6 bilhões em 2025, o equivalente a aproximadamente 7,7% da economia nacional, patamar associado à consolidação de segmentos como sol e praia, negócios e eventos, ecoturismo e turismo cultural. O crescimento recente do fluxo internacional, com recordes de gasto de estrangeiros no país ao longo de 2025, também contribui para sustentar a trajetória de receitas e de empregos diretos e indiretos na cadeia, que envolve hospedagem, transporte aéreo, alimentação, entretenimento e serviços complementares.

O relatório do WTTC posiciona o Brasil à frente de várias economias tradicionais do turismo em geração de empregos e ressalta ainda outros vetores de crescimento. Na contribuição ao PIB do setor, o país aparece na 12ª posição global em 2025, com movimentação estimada de US$ 167,6 bilhões; em investimento de capital no turismo, figura em 13º, com US$ 20 bilhões projetados para 2026, sinal de ambiente de negócios mais fortalecido e interesse de investidores por projetos em infraestrutura, renovação hoteleira, mobilidade e experiências de alto valor agregado. No que diz respeito à demanda interna, o turismo doméstico continua sendo a base da resiliência: o Brasil é o 11º maior mercado do mundo em despesas realizadas por residentes, com previsão de US$ 113,2 bilhões neste ano, mantendo a ocupação e o movimento nas economias regionais mesmo em momentos de câmbio desfavorável.

Renda

Mais do que os recordes, o dado mais estratégico é a capilaridade do efeito renda. A cada real novo gasto por visitantes, há um efeito multiplicador que se espalha por pequenos e médios negócios, formaliza empregos e incrementa a arrecadação municipal. Por isso, executivos do setor e gestores públicos consideram o turismo como uma política industrial de serviços: ele combina geração rápida de empregos com difusão tecnológica em áreas como distribuição digital, meios de pagamento, capacitação profissional e sustentabilidade, temas centrais para manter o ritmo sem degradar os ativos ambientais e culturais que são, em última instância, o “capital natural” do destino. Nesse aspecto, a agenda de sustentabilidade mencionada por Sabino, com foco em biodiversidade, cultura e gestão de impactos, aparece como vantagem competitiva do Brasil em um mercado global cada vez mais atento aos critérios ESG.

Desafio

O desafio, reconhecem especialistas, é transformar projeções em realizações concretas: consolidar a conectividade aérea em rotas nacionais e internacionais, reduzir gargalos de infraestrutura urbana e de acesso a atrativos, destravar licenças e concessões, e acelerar a pauta de segurança jurídica para investimentos privados. A continuidade de campanhas de divulgação, a ampliação de eventos internacionais e o suporte a destinos em ascensão, especialmente na Amazônia, no Nordeste e no Centro-Oeste, podem estender a permanência média do turista e elevar o valor médio gasto, duas variáveis-chave para que o país capture uma parcela maior da despesa global de viagens nos próximos anos. Caso o cenário se concretize, o Brasil tende a manter sua posição no top 10 de empregos do turismo e a subir posições em participação no PIB e em investimentos, ancorando uma trajetória de crescimento mais equilibrada entre as regiões.

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