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Brasil tem menor taxa de desemprego desde 2012, afirma IBGE

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho de 2025. Este é o menor percentual da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. Pela primeira vez o índice fica abaixo dos 6%, superando as expectativas do mercado financeiro, que previa uma taxa de 6% no período.

A queda do desemprego, que no trimestre anterior estava em 7%, acompanha um aumento da população ocupada, que atingiu 102,3 milhões de pessoas, o maior número já registrado pela pesquisa. O avanço representa uma alta de 1,8% em relação ao trimestre encerrado em março.

Brasil tem menor taxa de desemprego desde 2012, afirma IBGE
Foto: Divulgação/Seteq

Entre os segmentos com maior contribuição para esse crescimento, destacam-se os setores ligados ao serviço público, especialmente na área de educação. Juntos, eles adicionaram mais de 807 mil ocupados no período.

Ocupação Formal e Renda em Alta

O número de pessoas empregadas com carteira assinada no setor privado também bateu recorde, alcançando 39 milhões. Além disso, o grupo de trabalhadores por conta própria chegou a 25,8 milhões, sendo 73% deles em situação de informalidade (18,9 milhões). Já os demais 6,9 milhões atuam como microempreendedores formais, com CNPJ, um reflexo direto da expansão dos MEIs.

Brasil tem menor taxa de desemprego desde 2012, afirma IBGE
Foto: Brenda Blossom/Adobe Stock

A formalização e o aumento da ocupação tiveram impacto direto na redução da informalidade, que passou de 38% para 37,8%. Paralelamente, o rendimento médio real dos trabalhadores atingiu R$ 3.477 mensais, o maior valor já registrado pela pesquisa. Em comparação ao trimestre anterior, o crescimento foi de 1,1%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atualização dos dados da Pnad Contínua com base nas projeções populacionais do Censo 2022 não alterou a trajetória dos indicadores, apenas ajustou os números absolutos.

Desemprego recua

A população desempregada caiu para 6,3 milhões de pessoas, uma redução de 17,4% em relação ao trimestre anterior. Já o número de desalentados, que são as pessoas que desistiram de procurar trabalho, caiu 13,7%, chegando a 2,8 milhões.

A coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, aponta que o momento é favorável ao mercado de trabalho. “O crescimento acentuado da população ocupada influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, afirma.

Indicadores por Setor

  • Emprego no setor privado: 52,6 milhões de trabalhadores — alta de 1,3% no trimestre (mais 696 mil) e de 2,7% no ano (mais 1,4 milhão);
  • Empregados com carteira assinada no setor privado: 39 milhões — recorde da série, com aumento de 0,9% (357 mil) no trimestre e de 3,7% (1,4 milhão) no ano;
  • Empregados sem carteira assinada no setor privado: 13,5 milhões — crescimento de 2,6% (338 mil) no trimestre, com estabilidade em relação ao ano anterior;
  • Emprego no setor público: 12,8 milhões — recorde histórico, com altas de 5% (610 mil) no trimestre e 3,4% (423 mil) no ano.

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