A Notícia do Ceará
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Luvas e Palmeiras geram primeiro atrito entre clubes e Esporte Interativo

O primeiro Campeonato Brasileiro com a participação do Esporte Interativo só começa em 2019, mas já foi instaurada a primeira crise de relacionamento entre os clubes e a emissora.

O motivo são várias divergências em relação aos valores pagos aos clubes que fecharam acordo com o EI e que estão na Série A do Brasileirão.

Segundo o jornal “Gazeta do Povo”, de Curitiba, uma reunião envolvendo três clubes e a cúpula do EI foi realizada na semana passada, depois que os times descobriram que as luvas que foram pagas pela emissora para assinar o contrato com os clubes serão deduzidas do valor a ser pago já em 2019.

Os clubes alegam que o EI não informou que essas luvas seriam consideradas adiantamentos, e que só assinaram o acordo por conta disso. A emissora, por sua vez, defende o contrato.

O problema deve se agravar nas próximas semanas. O EI deu aos clubes um prazo até 30 de abril para eles decidirem se vão fechar com a emissora também na TV aberta. Até agora, Atlético-PR, Bahia, Coritiba e Palmeiras, dos 16 times com os quais a emissora tem contrato, são os únicos a não fechar com a Globo, que oferece uma redução de 20% no contrato de TV aberta e de 5% no de pay-per-view. O problema é que, se eles não informarem ao parceiro da TV paga se vão querer ceder os direitos a ela, não terão mais como peitar essa negociação com a Globo.

Outro motivo de revolta dos clubes foi com a descoberta de que as luvas pagas ao Palmeiras superaram os R$ 40 milhões de teto previstos em contrato do EI. O clube paulista e a emissora acharam um jeito de “burlar” o limitador. O Palmeiras recebeu R$ 60 milhões do EI para ceder os direitos sobre amistosos internacionais e pela base de dados do programa de sócio-torcedor.

As rusgas entre EI e clubes começaram a aumentar com o início da divulgação dos balanços financeiros dos clubes, que já informam os valores pagos pela televisão. A descoberta das divergências entre pagamentos de luvas e adiantamentos, bem como do maior valor pago ao Palmeiras, criaram um clima ainda mais pesado. Os clubes, porém, assinaram contrato até 2024 com a emissora do Grupo Turner. Resta saber até quando vão conseguir manter o relacionamento, que tem ficado mais desgastado.

Nenhuma das partes envolvidas quer comentar o caso, alegando que há cláusulas de confidencialidade nos acordos. Recentemente, o Santos reclamou da proposta feita pelo EI, que foi fechada antes da gestão atual. O clube foi o primeiro grande a migrar para a Globo na TV aberta, rachando a união entre eles.

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