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Tite sabe de vaga na Copa durante entrevista e diz: “Obrigado, pai do céu”

– Obrigado, pai do céu!

Assim, Tite recebeu do repórter Mauro Naves, da TV Globo, a notícia de que o Brasil estava classificado para a Copa do Mundo, segundos após o apito final da vitória do Peru por 2 a 1 sobre o Uruguai. A 14ª rodada deixou a Seleção, que venceu o Paraguai por 3 a 0, numa situação em que, quaisquer que sejam os resultados daqui para frente, sua pior colocação será a quarta, que dá vaga no torneio.

O técnico abriu um largo sorriso e mostrou com as mãos que tomaria uma enorme caipirinha para comemorar. Em seguida, sentiu-se à vontade para dizer que vai aproveitar os amistosos contra Argentina e Austrália, nos dias 9 e 13 de junho, para testar mais jogadores.

– O momento em que classifica abre algumas perspectivas. Temos nos dois próximos jogos, tal qual no que aconteceu contra a Colômbia, oportunidade de uma série de outros jogadores atuarem. Para que essa competição em alto nível aconteça – afirmou o treinador.

Depois de oito vitórias consecutivas nas eliminatórias, o Brasil subiu da sexta posição para a liderança, com 24 gols marcados e apenas dois sofridos, e boas exibições.

Mesmo assim, Tite não acha que a equipe esteja pronta.

– (A partir de agora quero) Consolidar a equipe. À medida que repete o desempenho e não oscila, cria consistência, a equipe fica forte, pesada. Ela não está pronta – afirmou.

Veja os principais trechos da entrevista coletiva de Tite:

O JOGO
– O Paraguai estava muito bem fechado, criou dificuldades na articulação, no um contra um do Neymar. Em compensação, davam o lado direito para o Coutinho, ou por dentro ou por fora. Cobro que o Paulinho também participe dessas jogadas, a chegada dele à frente é natural. Tivemos um pivô diferente do Gabriel Jesus, que ataca o espaço. O Firmino ficou febril e isso o prejudicou na intensidade e no contato. Mas o grau de concentração foi muito alto. A maturidade de enfrentar uma seleção fechada e ficar martelando, girando bola.

NEYMAR
– Eu tinha uma ideia de flutuação para o Neymar, de sair por dentro para ampliar a área de ação, mas ele é tão vertical, que deixa os outros armarem e tem capacidade de improviso no último terço. Não sei para que lado ele sai, a genialidade é imprevisível, ele surpreende com movimentos. É um processo de maturidade para chegar a ser melhor do mundo. Com erro porque o pênalti não foi bem batido, mas teve capacidade de reagir sem dar porrada e ir para dentro de novo.

MAIS DIFÍCIL SE MANTER NO TOPO?
– Não concordo com alguns clichês. É mais difícil chegar ao topo ou se manter? É difícil igual. Zona de conforto? O que é isso? Se pressionar o cara fica com medo de ser feliz. Tenha coragem para ser feliz, se estiver confiante, pega. Se eu tiver que reprimir algo errado, vai ter. É difícil subir e é difícil permanecer, são desafios nossos.

RESPOSTA A ARCE, QUE CHAMOU TITE DE “NERVOSINHO”
– O que eu falei para ele: “Por trás, não”. Eu não disse que ele mandou bater. Eu fui porta-voz de um chute por trás no Neymar que merecia expulsão. O árbitro errou. Não reclamei de nenhum outro lance no jogo e não disse que ele mandou bater. Podem fazer a leitura labial. Eu cobrei lealdade. O Paraguai não foi desleal, usou o artifício das faltas. Só foi naquele lance.

THIAGO SILVA
– O Thiago Silva esperou seu momento, entrou e jogou muito. Ficou um zagueiro construtor porque o deixaram livre para armar, o passe dele ora saía para o Coutinho, ora por dentro.

QUANTAS VAGAS ABERTAS?
– Todas estão abertas. Cheguei aqui com o Willian jogando muito. Ele teve um declínio nos dois primeiros jogos, o Coutinho entrou. Agora o Willian voltou a um momento exuberante no Chelsea. Pede para um deles não ir bem. O Dani Alves é um baita jogador, olha para o banco e vê Fagner, Mariano, Rafinha, Fabinho. Monitoramos todos. Podemos até errar, é do jogo, é da vida, mas grupo fechado não tem mesmo.

TORCIDA PAULISTA
– São Paulo é um centro exigente, Rio de Janeiro e Minas Gerais também. Eles querem bom desempenho e resultado. Fomos em Manaus, onde há uma paciência maior. Talvez, pelo grau de exigência dos clubes e o nível do futebol. Por mim, passaríamos por todos os estados, faz parte do processo de maturidade da equipe jogar com diferentes pressões.

G.E.

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