
O escultor Ranilson Viana explicou na terça-feira (17) o motivo do novo atraso na montagem do monumento de Nossa Senhora de Fátima, no bairro Barro Branco, em Crato. Segundo ele, a principal dificuldade tem sido a falta de um guindaste com capacidade para levantar as partes mais altas da escultura, que possui 54 metros de altura.
De acordo com o artista, os dois guindastes atualmente disponíveis no local não têm alcance nem força suficiente para erguer as últimas peças da estrutura. Um novo equipamento, com capacidade para mais de 100 metros de altura, está sendo providenciado e será transportado de Petrolina (PE).
“Tem dois [guindastes], mas não têm capacidade de altura e peso. Esse novo tem uma capacidade para mais de 100 metros de altura. Nós estamos chegando aí [no Crato] para colocar o restante das peças e liberar os outros guindastes para outras cidades onde estamos trabalhando”, afirmou o escultor.
A montagem da imagem começou em dezembro de 2024. A reinauguração chegou a ser anunciada para o dia 13 de maio deste ano, data dedicada a Nossa Senhora de Fátima, mas foi adiada por conta de condições climáticas. Na ocasião, Ranilson havia informado que a conclusão ocorreria em até 30 dias, prazo que terminou na primeira semana de junho.
Com o novo atraso, vereadores do Crato aprovaram na terça-feira (17) um requerimento convidando o escultor a comparecer à Câmara para prestar esclarecimentos. Inicialmente, os parlamentares cogitaram uma convocação formal, mas a medida só se aplica a servidores e secretários municipais.
Na sessão anterior, o vereador Alex Saraiva criticou a situação. “Se a prefeitura não está devendo a ele, qual o motivo de não entregar o monumento de Nossa Senhora de Fátima? Isso é um desrespeito com a população cratense, com a Igreja Católica, com esta Casa e com o Executivo, que ele não dá atenção”, declarou o parlamentar.