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Fiec critica alta da Selic e alerta para efeitos na indústria cearense

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros (Selic) para 15% ao ano provocou reação da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), que expressou preocupação com os efeitos da medida sobre o setor produtivo. Em nota divulgada nesta quarta-feira (19), a entidade afirma que o novo patamar representa um “custo inaceitável” para a indústria, especialmente no contexto cearense.

Foto: Douglas Filho

Segundo a Fiec, as indústrias do estado enfrentam desafios estruturais e maiores dificuldades no acesso ao crédito, o que torna o impacto da alta dos juros ainda mais severo. O presidente da federação, Ricardo Cavalcante, destaca que a medida pode resultar na retração de investimentos, paralisação de projetos, fechamento de linhas de produção e aumento do desemprego.

A entidade também critica a falta de alinhamento entre a política monetária e a política fiscal do país. Enquanto o Banco Central busca conter a inflação com juros elevados, o governo federal mantém déficits constantes e aumento da dívida pública, segundo a federação.

“A taxa Selic de 15% ao ano coloca o Brasil em uma posição completamente descolada do restante do mundo, onde os juros reais estão em trajetória de queda. Além disso, compromete a previsibilidade necessária para que o setor privado possa planejar investimentos de médio e longo prazo”, aponta o comunicado.

A Fiec defende uma política monetária mais equilibrada, que considere os efeitos sobre a produção e o emprego, além de uma política fiscal responsável. Para a entidade, é fundamental que ambas atuem de forma conjunta para estimular a retomada do crescimento industrial e enfrentar o desafio da reindustrialização do país.

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