Os seis anos consecutivos de seca no Ceará não racharam somente o solo. O coração-sertanejo dos cearenses também cindiu com a escassez das chuvas. E, não distante, de vida. No entanto, ainda que a pouca disponibilidade de água tenha afetado todos os setores da economia cearense, o setor de recursos hídricos no Ceará tem empreendido esforços no sentido de garantir os múltiplos usos da água disponível, com foco no abastecimento humano, mas sem deixar de lado o desenvolvimento econômico do estado.
Para isso, foi preciso ressignificar sua gestão — não só como garantia para o consumo humano, mas como motor econômico direto e indireto para manutenção de diversos postos de trabalho.
De acordo com informações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), 75% da água armazenada nos reservatórios cearenses em 2017 foram direcionados ao abastecimento humano. Já o volume fornecido para a irrigação (16%) e para a indústria (7%) figuraram o segundo e o terceiro lugares na distribuição do recurso, respectivamente.