A Notícia do Ceará
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Grupo religioso é suspeito de usar fiéis em trabalho análogo ao escravo

A história lembra a série documental Wild Wild Country produzida pela Netflix. Na tela, a trajetória do guru indiano Bhagwan Shree Rajneesh, conhecido como Osho, que reuniu centenas de milhares de pessoas em uma pequena cidade dos Estados Unidos para criar uma comunidade alternativa polêmica. No Brasil, a Igreja Adventista Remanescente de Laodiceia, liderada pela pastora Ana Vindoura Dias Luz, de 64 anos, reuniu centenas de brasileiros na chácara Folhas de Palmeiras, no núcleo rural Gama, em Ponte Alta, cidade satélite do Distrito Federal. Como na série televisiva, os discípulos trabalhavam em prol da comunidade religiosa. “Incansáveis obreiros, de dia e de noite, e até embaixo de chuva, levam a obra avante”, diz um dos vídeos do canal da seita no Youtube sobre a construção da igreja. Nos EUA, a história terminou em uma série de acusações, fraudes, prisão. Aqui, em resgate por suspeita de trabalho em condição análoga a de escravo.

A ação conjunta reuniu auditores fiscais do trabalho de Minas Gerais e do Distrito Federal do Ministério da Economia, policiais civis, integrantes do Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho, além do conselho tutelar do Gama e a subsecretaria de políticas para crianças e adolescentes da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF. No local, encontraram 95 pessoas, incluindo crianças. A maioria trabalhava em uma das três empresas da comunidade, todas com maquinário profissional: a de panificação, uma de produção de hortifruti e uma confecção. Nenhum dos trabalhadores era registrado.

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