Os servidores afastados de “cargos estratégicos” da Secretaria da Justiça, responsável pelo sistema prisional no Ceará, são suspeitos de formar uma organização para facilitar a entrada de celulares nos presídios e dificultar as fiscalizações nas unidades prisionais, conforme o Ministério Público do Estado.
Os servidores afastados são agentes penitenciários e diretores de unidades prisionais. Dois deles foram presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo durante operação realizada nesta segunda-feira (12). As armas foram apreendidas na residência dos suspeitos, quando promotores e policiais cumpriam mandados de busca e apreensão.
Os responsáveis também recebiam dinheiro de presos para mudar os internos de celas, conforme a vontade dos presos.
O afastamento é de 60 dias. Nesse período, o Ministério Público vai apurar os indícios dos crimes; caso sejam confirmadas as suspeitas, o Ministério Público afirma que vai denunciar o grupo.
Afastados na operação:
- Edmar de Oliveira Santos, agente penitenciário e coordenador da Coordenadoria do Sistema Penal (preso por porte ilegal de arma de fogo);
- Celso Murilo Rebouças de Mendonça, agente penitenciário e coordenador adjunto da Coordenadoria do Sistema Penal;
- Herlano Walquer Falcão Macieira, agente penitenciário e diretor da Casa de privação provisória de Liberdade II (preso por porte ilegal de arma de fogo);
- Paulo Ednardo Oliveira de Carvalho, agente penitenciário e coordenador de Patrimônio da Secretaria de Justiça e Cidadania;
- João Augusto de Oliveira Neto, agente penitenciário;
- Mauro César Ximenes Andrade, agente penitenciário e diretor adjunto da Casa de Privação Provisória de Liberdade I;
- Francisca Celiane de Almeida Celestino, agente penitenciária e diretora do Centro de Triagem e Observação Criminológica (CETOC).