A Notícia do Ceará
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Torcidas do Estado pedem por discriminalização de organizadas

O diretor da torcida Movimento Organizado Força Independente (MOFI), Charles Anderson, afirmou que a responsabilidade dos últimos fatos relacionados à segurança, sobretudo à última chacina, no Bairro Benfica, em Fortaleza, têm “respingado” nas torcidas de forma injusta. “Nosso propósito é mostrar para a sociedade e para os órgãos públicos que a gente é torcida organizada, entendeu? Independente de ser rival, a gente prega a paz nos estádios. Nosso intuito é fazer festa nas arquibancadas”, defende Anderson.

Sobre a nota do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), pedindo a extinção das torcidas organizadas, o diretor da MOFI entende como um erro, visto que, na sua visão, o órgão sabe quem são os verdadeiros culpados.

Um porta-voz e integrante da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF), que não quis se identificar, ressaltou o papel da sua torcida nos bairros economicamente desfavorecidos da Capital. Segundo ele, a TUF promove ações sociais para tirar jovens da dependência do álcool e das drogas ilícitas. Na mesma linha do discurso adotado por Anderson, ele ressaltou a discriminação pela qual passam as torcidas como um problema que deve ser superado.

Após o primeiro momento na Gentilândia, os manifestantes seguiram pelas ruas de Fortaleza rumo à sede da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Durante o trajeto, os torcedores foram escoltados pela Polícia Militar, que bloqueou alguns pontos do caminho.

Reunião com Secretaria de Segurança Pública

Na sede do órgão, dois torcedores organizados de cada clube, além da mãe do jovem Pedro Neto, uma das vítimas da Chacina do Benfica, entraram para reunião com o secretário-adjunto de Segurança, Alexandre Ávila. A reportagem do O POVO Online aguardou a saída dos torcedores.

O presidente da TUF, João Paulo, conhecido como “Bombado”, disse estar animado após a conversa. Segundo ele, as demandas das torcidas serão atendidas e uma nova reunião  essa com o secretário de Segurança Pública, André Costa, foi marcada para próxima segunda-feira, 19. Na reunião desta sexta-feira, 16, o principal assunto tratado, explica, foi relativo à descriminalização das torcidas. “A gente mostrou que nos últimos anos diminuiu essa violência com base nas reuniões que a gente vem tendo entre as diretorias das torcidas”, argumentou.

O professor de história e integrante da Cearamor, Regis Alves, limitou-se a afirmar que, a partir desta primeira conversa, uma nova reunião, essa com André Costa, foi encaminhada para tratar de futuros jogos. Ele disse também que foram apresentadas reivindicações, sem informar quais.

 

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