A Notícia do Ceará
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Por que meu filho não entende o que eu falo?

Por Ana Carolina Romcy

 

Todo pai e toda mãe passam por momentos em que ficam na dúvida se os filhos não estão entendendo alguma regra ou estão fazendo-de-conta que não a entendem, burlando normas estabelecidas pela família.

Alguns pais explicam, pacientemente, diversas vezes a mesma coisa, no intuito da criança aprender, outros perdem a calma e a razão rapidamente, transformando a conversa em um discurso exposto em altos níveis sonoros (aos berros, para ficar mais claro), quando não agridem, verbalmente e fisicamente, o filho que se encontra em situação de desvantagem.

Aí surge a questão: Seu filho aceita e cumpre as regras, combinadas pela família, por medo de perder o amor dos pais, por querer se enquadrar ao modelo familiar ao qual pertence ou por que compreende a importância de atender àquela regra para se tornar um ser humano melhor?

A resposta só pode ser respondida, por cada pai e cada mãe, a partir do momento em que prestarem atenção e ouvirem seus filhos.

É preciso escutar o que a criança entende por determinada regra, ou seja, que sentido aquele pedido ou limite tem para ela. E não simplesmente achar que por já ter explicado várias vezes que não se deve falar palavrões, por exemplo, seu filho saberá o que isso significa.

Até porque, biologicamente falando, dependendo da idade, o indivíduo ainda não está preparado para internalizar regras e nem mesmo cumpri-las. E isso se deve pela região frontal do cérebro, responsável pelo raciocínio lógico, pelo juízo de valores e controle de comportamentos e desejos, que auxiliam no entendimento e execução das regras, é a última parte a ser totalmente formada. Essa região pode ter sua completude por volta dos 18 ou 21 anos, ou se estender por mais tempo, dependendo do caso.

Portanto, pais e mães: PACIÊNCIA, POIS EDUCAR É, ALÉM DE UM GESTO DE AMOR, UM GESTO DE DEDICAÇÃO A OUTRO SER QUE NECESSITA DE AJUDA POR AINDA ESTAR EM FORMAÇÃO.

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