Moradores de cidades do interior e regiões remotas do Brasil terão acesso mais rápido a médicos especialistas sem precisar se deslocar para grandes centros. É o que promete o programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, que selecionou 501 médicos para reforçar o atendimento do SUS em locais com carência de profissionais qualificados.
No Nordeste, a região historicamente com menos especialistas, 260 médicos serão alocados. O Ceará receberá 64 profissionais distribuídos em 19 municípios. Outros estados contemplados são Bahia (48), Maranhão (43), Rio Grande do Norte (32), Piauí (27), Pernambuco (17), Paraíba (14), Alagoas (10) e Sergipe (5).
Municípios contemplados no Ceará
Sobral – 14 | Iguatu – 4 | Crato – 2 | Jaguaribe – 2 |
Crateús – 5 | Icó – 4 | Barbalha – 2 | Brejo Santo – 2 |
Canindé – 5 | Acaraú – 3 | Quixadá – 2 | Tauá – 1 |
Camocim – 4 | Russas – 3 | Caucaia – 2 | Maracanaú – 1 |
Mauriti – 4 | Tianguá – 2 | Aracati – 2 |
A prioridade do programa são áreas com alto índice de vulnerabilidade social, a Amazônia Legal e regiões de fronteira. Respectivamente, essas regiões receberão 25,7%, 20% e 9% dos médicos selecionados. Ao todo, 67% dos médicos atuarão no interior, oferecendo especialidades como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia, diminuindo a necessidade de longas viagens para atendimento.

Atuação
Entre os selecionados, 26% trabalhavam exclusivamente na rede privada, passando a atender no SUS pela primeira vez. A média de experiência dos profissionais é de 12 anos e eles atuarão em 258 unidades de saúde, incluindo hospitais, policlínicas e centros de apoio diagnóstico.
Quanto à atuação, 75% estarão em hospitais, realizando cirurgias, internações e tratamentos complexos como radioterapia e quimioterapia; 18% em ambulatórios, oferecendo consultas e exames como endoscopia, ecocardiograma, colonoscopia e ultrassonografia; e os demais em unidades de apoio diagnóstico e terapêutico.
Capacitação
Para adaptar os médicos à rede pública, o programa oferece 16 cursos de capacitação prática, com mentoria de profissionais da Rede Ebserh e do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Os cursos terão duração de 12 meses e os selecionados receberão uma bolsa-formação de até R$ 20 mil, conforme a vulnerabilidade social e sanitária do local de atuação.
A primeira chamada do programa recebeu 993 inscrições e os 501 selecionados iniciarão os atendimentos em setembro. Os outros 400 profissionais permanecem em lista de espera para oportunidades futuras.
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