Uma passageira chilena precisou de atendimento médico de emergência em Fortaleza depois de se sentir mal em um voo entre Madri e Santiago. Daniela Paz Caro Galvez, de 36 anos, teve um pico glicêmico dentro do avião, o que fez o piloto desviar a rota e pousar na capital cearense.
Diabética tipo 1, Daniela ficou sem insulina durante o trajeto, sentindo fortes dores no estômago, vômito e dificuldade para respirar. Nesse contexto, a glicemia chegou a 450 e um médico que viajava no mesmo voo recomendou o pouso de emergência.
Ao chegar, Daniela foi recebida por uma equipe do Samu 192 Ceará no aeroporto e foi levada ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Depois, a paciente foi transferida para o Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv) e o atendimento foi todo feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem custos.

Durante a internação de seis dias, o marido e a filha, de 7 anos, também receberam apoio no hospital. Para a coordenadora médica do Helv, Renata Leitão, o caso reforça o princípio do SUS de atender qualquer pessoa, sem distinção de nacionalidade.
“Mesmo em meio a uma situação delicada e inesperada, em um país desconhecido, ela pôde contar com uma rede pública de saúde comprometida com a vida. Recebeu toda a assistência especializada necessária, inclusive com suporte psicológico e social, ofertada por uma equipe multidisciplinar que atuou com excelência técnica e, acima de tudo, com empatia”, comentou.
Atualmente, Daniela se recupera no Chile. Pela lei brasileira, qualquer estrangeiro tem direito a atendimento no SUS, independentemente de visto ou status migratório, como previsto na Lei nº 8.080/1990.
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