O União Brasil e o Progressistas formalizam, nesta terça-feira (19), em Brasília, a criação da federação União Progressista (UPb). A união entre as duas legendas promete mexer no tabuleiro político nacional e estadual, especialmente no Ceará, onde os partidos têm trajetórias divergentes em relação ao governo do PT.
Antes da ocasião, os partidos realizam as próprias convenções. Pela manhã, a reunião da executiva do União Brasil será realizada no Auditório Águas Claras, do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. No mesmo momento, o Progressistas estará reunido no Auditório Petrônio Portela, Anexo II do Senado Federal. Na parte da tarde, será realizada a primeira convenção oficial da UPb.
Como fica o cenário no Ceará
No Estado, o União Brasil, presidido pelo ex-deputado federal Capitão Wagner, confirmou que a federação seguirá em posição de oposição ao governador Elmano de Freitas (PT). A decisão contrasta com a postura do Progressistas cearense, liderado pelo deputado federal AJ Albuquerque, que atualmente integra a base governista. A nova configuração obriga os dois partidos a adotarem um posicionamento único, abrindo espaço para disputas internas.
Um dos movimentos mais aguardados após a formalização é a filiação do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (ex-PDT), ao União Brasil. A entrada de RC é tratada como peça estratégica para fortalecer a oposição com vistas às eleições de 2026. O ato de filiação deve contar com a presença de lideranças nacionais como Antônio Rueda, Ciro Nogueira, Ronaldo Caiado, ACM Neto, além do ex-senador Tasso Jereissati e do ex-presidenciável Ciro Gomes.
Apesar das tratativas de bastidores, o PT não conseguiu atrair setores do União Brasil no Ceará. Nomes como a deputada federal Fernanda Pessoa e o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, chegaram a ser sondados para aproximação com a base de Elmano e Camilo Santana (PT), mas a cúpula nacional fechou posição pela oposição.
Com a consolidação da União Progressista no Ceará, o cenário eleitoral de 2026 tende a se polarizar ainda mais. De um lado, o bloco petista e seus aliados históricos; do outro, uma federação fortalecida, que aposta em Roberto Cláudio como nome central da oposição ao projeto do PT no Estado.
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