De acordo com estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o número de jovens entre 25 e 34 anos que não trabalham nem estudam, chamados popularmente de “nem-nem”, é de 1 a cada 4 em todo Brasil, o que representa 24% da população dessa faixa etária. Apesar da grande quantidade, esse número caiu em 5,4 pontos percentuais nos últimos sete anos, visto que, em 2016, esse valor era de 29,4%.
A OCDE é uma organização internacional, portanto, o levantamento leva consideração os números de diferentes países. Seu valor ainda é pior que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) da Educação, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2023 e que corresponde ao ano de 2022, quando mostrou que há 9,6 milhões de jovens 15 a 29 anos que não trabalham nem estudam.
O levantamento do IGBE perguntou para os intrevistados qual o principal motivo de terem abandonado a escola, e 40,2% responderam foi devido a necessidade de trabalhar como fator prioritário, mesmo 1ue nem sempre consigam emprego. Enquanto isso, 22,4% disseram que foi por causa de uma gravidez, outros 10,3% afirmaram que foi em decorrências a demanda de tarefas domésticas ou cuidar de outras pessoas.
Além disso, a quantidade de jovens brasileiros “nem-nem” é maior que a média dos países que fazem parte da OCDE, no qual foi 13,8% em 2023, o que representa uma diminuição de dois pontos percentuais comparado aos últimos sete anos.
Algumas razões para essa quantidade pessoas “nem-nem” no Brasil é devido a oferta e a qualidade de emprego no Brasil afetada pela crise econômica de 2015-2016 e pela pandemia, a partir de 2020. Fora que o País tem passado pelo envelhecimento da sua população e o gradual fim do período de bônus demográfico, quando uma nação atinge o auge da faixa da população em idade para trabalhar.
Uma das principais soluções para diminuir o número de jovens nem-nem é a melhoria da qualidade do ensino básico, permitindo um aumento de aprendizagem. Vale lembrar que o Brasil está entre as últimas colocações do Pisa, a principal avaliação internacional da educação.
Outra solução dita é aumentar a oferta de educação técnica e profissionalizante de nível médio, fazendo com que mais empregos sejam garantido a jovens, fora atender a demandas do mercado. Além disso, também é recomendado que escolas brasileiras aumentem a quantidade de horas que os alunos passam nas escolas, juntamente com a oferta de uma educação que estimule o pensamento crítico e a aprendizagem “mão na massa”, capaz de desenvolver cidadãos preparados para a revolução tecnológica, como no uso da inteligência artificial.
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