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Vice-prefeito de Caucaia é despejado do seu gabinete

Na última quinta-feira (11), o vice-prefeito de Caucaia, Deuzinho Filho (União Brasil), anunciou em suas redes sociais o encerramento das atividades em seu gabinete. A decisão, segundo ele, foi motivada pela obrigação de deixar o local de trabalho e exonerar toda a equipe, após receber um ofício do prefeito Vitor Valim (PSB) comunicando a redução significativa do orçamento.

Deuzinho alegou que o remanejamento de recursos inviabilizou o funcionamento do gabinete, restando verbas apenas para o subsídio pessoal e de sua secretária. Ele descreveu a situação, destacando a falta de combustível para os veículos e a devolução de computadores.

O vice-prefeito classificou a iniciativa do prefeito como uma “retaliação”, decorrente de dissidências ocorridas em 2022, quando Valim apoiou o PT nas eleições para o Governo do Estado, gerando tensões na relação entre os dois. Deuzinho mencionou a expulsão do prédio da prefeitura na ocasião e ressaltou que a redução de recursos afetou negativamente a Casa de Projetos Yara Guerra, responsável por diversas ações e projetos em prol da cidade.

Deuzinho Filho acusou Valim de buscar “vingança pessoal” e enfraquecê-lo politicamente. Apesar das dificuldades, o vice-prefeito afirmou que continuará atendendo às demandas da Casa de Projetos Yara Guerra em outros locais, contando com voluntários para manter as atividades em um formato adaptado.

O vice-prefeito, que planeja concorrer à prefeitura de Caucaia nas eleições municipais de 2024, expôs o conflito em curso, enquanto o prefeito Valim, na última segunda-feira (8), anunciou que não buscará a reeleição. O gestor, em seu primeiro mandato, destacou que outro nome seguirá o projeto político no município. O cenário político em Caucaia permanece tenso, marcado por desentendimentos e cortes orçamentários.

Entenda:

No ano passado, a disputa entre os políticos Vitor Valim e Deuzinho Filho veio à tona com acusações de uso indevido de verba pública por parte do último. Entretanto, a principal divergência entre eles estava relacionada a um projeto de lei que autorizava a venda de imóveis municipais, com previsão de arrecadação de R$ 60 milhões. Deuzinho manifestou oposição à proposta de Valim, que permitia a alienação de terrenos sem destinação pública efetiva, alegando que não cumpriam sua função social. A iniciativa foi aprovada unanimemente pela Câmara Municipal de Caucaia, registrada no Diário Oficial, com a justificativa da prefeitura de possibilitar a construção de escolas, hospitais e espaços culturais. Além disso, a aliança de Valim com o Partido dos Trabalhadores durante a campanha de 2022 contribuiu para intensificar a crise, já que Deuzinho apostava no apoio do eleitorado de Wagner e do Partido Liberal, ao qual é aliado.

SS
Foto: Reprodução

 

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