Este ano, o pagamento do 13º salário deve acrescentar aproximadamente R$ 321,4 bilhões à economia brasileira até o final de dezembro. Ao todo, devem ser beneficiados cerca de 92,2 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores, aposentados e pensionistas dos setores federal, estadual e municipal. A média desse benefício será de R$ 3.096,78 por pessoa.
A quantia representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), que reflete o total de bens e serviços produzidos no país. As estimativas são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Datas e Público Alvo
Para os trabalhadores com carteira assinada, a primeira parcela do abono de fim de ano deverá ser paga até 30 de novembro. Por cair em um sábado, a data pode ser antecipada para 29 de novembro. Já a segunda parcela deve ser depositada até 20 de dezembro.
Cálculo
Para estimar o impacto do 13º salário, o Dieese desconsidera trabalhadores autônomos, empregados informais e outros que possam eventualmente receber um bônus de fim de ano, uma vez que não há dados abrangentes sobre essas categorias. Além disso, o levantamento também não diferencia casos em que o benefício é adiantado, como ocorre em acordos coletivos ou convenções sindicais. A projeção do Dieese representa, assim, o volume total de recursos previstos para aquecer a economia no período, mesmo que a maior parte seja repassada ao final do ano.
Distribuição
Dos aproximadamente 92,2 milhões de beneficiários, 56,9 milhões (ou 61,7%) correspondem a trabalhadores formais, entre eles, 1,4 milhão de empregados domésticos com carteira assinada. Aposentados e pensionistas do INSS somam 34,2 milhões (37,1% do total), enquanto aposentados e pensionistas do regime próprio da União representam cerca de 1,1 milhão de pessoas (1,2% do total). No entanto, ainda há uma parcela indefinida de aposentados e pensionistas nos regimes próprios dos estados e municípios.
No que se refere à distribuição dos recursos, cerca de R$ 214 bilhões (66% do total) beneficiarão trabalhadores formais. Aos aposentados e pensionistas serão destinados aproximadamente R$ 107 bilhões, sendo R$ 60,1 bilhões para beneficiários do INSS e R$ 11,03 bilhões para pensionistas da União. Beneficiários estaduais e municipais receberão, respectivamente, R$ 19,1 bilhões e R$ 16,8 bilhões.
A região Sudeste deverá receber a maior fatia do 13º, com 50,1% do total. Em seguida, vêm as regiões Sul (16,7%), Nordeste (15,9%), Centro-Oeste (9%) e Norte (5%).
O valor médio do 13º varia entre as regiões. No Distrito Federal, o valor médio chega a R$ 5.665, o mais alto do país, enquanto no Maranhão e Piauí o benefício médio é de aproximadamente R$ 2.000,00.
Em média, trabalhadores do setor formal devem receber R$ 3.820 como 13º, com o setor de serviços atingindo a maior média (R$ 4.382), seguido pela indústria (R$ 3.896) e o setor agropecuário, que apresenta a menor média, de R$ 2.380. Quanto aos segurados do INSS, embora tenham direito ao 13º, o pagamento foi adiantado este ano em duas parcelas, pagas em abril e maio. Já aqueles que passaram a receber o benefício após junho de 2024 receberão o abono anual em parcela única juntamente com o pagamento de novembro.
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