Três em cada quatro brasileiros (75%) creem que a transição para uma economia sustentável vai gerar novas oportunidades de trabalho no país, segundo levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Nexus. Entre eles, 54% esperam o surgimento de “muitos novos empregos” e 21% de “poucos novos empregos”. Apenas 16% avaliam que a mudança possa diminuir as oportunidades profissionais.
Para 54% dos brasileiros, o país já possui trabalhadores preparados para os empregos que devem surgir com a transição para uma economia mais sustentável, enquanto 42% discordam dessa análise.
A expectativa positiva cresce conforme aumentam a renda e a escolaridade, atingindo 79% entre pessoas com ensino superior completo e 78% entre quem recebe mais de cinco salários mínimos. Para o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, esses novos empregos devem demandar profissionais mais qualificados e remunerar com salários maiores, por isso há uma percepção mais favorável entre pessoas com mais estudo.
O otimismo também varia por região e perfil. Moradores do Sudeste e do Sul (78%) mostram-se mais confiantes que os do Nordeste (67%). Os entrevistados responderam a um questionário de nove perguntas sobre hábitos conscientes. Entre os brasileiros que mais adotam práticas sustentáveis no dia a dia, classificados como ativistas, 79% acreditam na criação de novas vagas, contra 67% dos que não possuem nenhum hábito ecológico em sua rotina.
Outros dados do levantamento
- Jovens de 16 a 24 anos são os mais confiantes (62%) no preparo dos trabalhadores para as novas vagas;
- Homens (59%) são mais otimistas do que mulheres (49%) quanto à geração de novos empregos;
- No Nordeste, 25% acreditam que a transição sustentável pode reduzir vagas
O que é economia sustentável?
A economia sustentável é um modelo que busca equilibrar crescimento econômico, preservação ambiental e justiça social. Seu objetivo é assegurar que o progresso atual não comprometa o bem-estar das futuras gerações. Para isso, valoriza o uso consciente dos recursos naturais, a redução do desperdício e a adoção de práticas produtivas que respeitem os limites do meio ambiente, ao mesmo tempo em que promovem inclusão e qualidade de vida para toda a população.
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