O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, falou sobre a logística do plano do 8 de janeiro. Também presente na ocasião, Bolsonaro cumprimentou seu ex-ajudante e ouviu suas respostas às perguntas feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O interrogatório teve início nesta segunda-feira (09/06).
Em seu depoimento, Mauro afirmou que havia a pretensão de um golpe de Estado e afirmou que presenciou a articulação, mas não participou dela. Ele confirmou ainda que havia ordens para que autoridades públicas do país fossem presas, entre elas ministros do STF e parlamentares.

De acordo com o ex-ajudante de Bolsonaro, o ex-presidente chegou a alterar algumas medidas incusas na “minuta do golpe” e manteve apenas com a intenção de prisão de Moraes, excluindo os outros nomes. Mauro comentou também que houve uma pressão por parte de Bolsonaro para com o general Paulo Sérgio Nogueira, que era ministro da defesa na época, pedindo por um documento que contestasse o resultado das eleições presidenciais de 2022.
Em se tratando de Braga Netto, então ministro da Casa Civil, Cid falou que ele trazia informações dos acampamentos montados em frente aos quartéis do Exército. O ex-ministro de Bolsonaro teria ainda dado apoio financeiro para o major Rafael de Oliveira, um dos “kid preto” ligado ao plano de assassinato do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin.
O interrogatório segue com outros envolvidos no plano do 8 de janeiro, que prestarão depoimento à Primeira Turma do STF. Os próximos a depor são o ex-presidente Jair Bolsonaro; o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem; o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; o ex-ministro do GSI, Augusto Heleno; o ex-ministro da defesa, Paulo Sérgio Nogueira; e o ex-ministro da Casa Civil, Braga Netto, que está preso no Rio de Janeiro.
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