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830 mil alunos seguem sem acesso à água potável em escolas

Além de afetar na aprendizagem dos alunos, a falta de água portável em escolas pelo Brasil também compromete a atuação dos profissionais - (Foto: Reprodução)
Além de afetar na aprendizagem dos alunos, a falta de água portável em escolas pelo Brasil também compromete a atuação dos profissionais – (Foto: Reprodução)

Dados do Censo Escolar 2024 revelaram que, no Brasil, cerca de 830 mil estudantes continuam matriculados em escolas sem acesso à água potável. O levantamento aponta que muitas instituições de ensino básico não oferecem sequer o direito mais elementar: uma torneira com água limpa e tratada. 

Grande parte dessas escolas estão localizadas em regiões vulneráveis, incluindo áreas rurais e comunidades remotas, onde a falta de saneamento básico revela desigualdades estruturais. A ausência de água para consumo e higiene compromete a dignidade, a saúde e as condições de permanência dos alunos — fatores essenciais para garantir o mínimo de apoio à educação.

O dado é alarmante e mostra que, apesar das promessas e avanços legislativos recentes que buscam assegurar água potável em todas as escolas públicas, a realidade ainda distancia muitos alunos do direito básico de beber água com segurança e frequentar ambientes adequados para o aprendizado e a convivência.

Falta de acesso à água potável em escolas prejudica trabalho dos educadores

A situação também impacta diretamente o trabalho dos professores e funcionários, que precisam lidar diariamente com a falta de estrutura e com riscos sanitários que poderiam ser evitados com investimentos mínimos. Em muitos casos, escolas dependem de carros-pipa, poços improvisados ou reservatórios sem tratamento adequado, o que aumenta o perigo de contaminação e agrava ainda mais o problema.

Especialistas destacam que o acesso à água potável é condição básica para o funcionamento de qualquer instituição de ensino e defendem que o tema seja tratado como prioridade absoluta nas políticas públicas. Eles reforçam que garantir água limpa não é um luxo, mas um requisito fundamental para que crianças e adolescentes consigam estudar com saúde, segurança e dignidade.

Ceará debate importância da garantia da segurança hídrica nas escolas

O Ministério Público do Ceará esteve reunido, nesta quinta-feira (04/12), com representantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) para tratar de ações que ajudem a assegurar o fornecimento de água potável nas escolas cearenses. O encontro aconteceu na Reitoria da instituição e contou com a apresentação do Projeto Sede de Aprender, conduzido pela procuradora de Justiça e coordenadora do Caoeduc, Elizabeth Almeida. 

A iniciativa realiza um diagnóstico das condições de abastecimento de água, coleta de esgoto e estrutura de banheiros nas unidades de ensino, buscando garantir segurança hídrica para toda a comunidade escolar. A discussão ganha força com a entrada em vigor da Lei nº 15.276, sancionada pelo Governo Federal no dia 28 de novembro, que determina que o Estado adote medidas para assegurar água potável nas escolas.

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