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Nove personalidades do Ceará são agraciadas com Medalha da Abolição

“Eu divido essa medalha com todos os servidores públicos do Estado do Ceará, com os nossos queridos companheiros… guerreiros que sempre estiveram do nosso lado, lutando, batalhando, para que nós tivéssemos hoje, políticas públicas, olhadas e visitadas por todo o país”.

As palavras foram proferidas pela ex-procuradora-geral de Justiça do Ceará e titular da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos, Socorro França, uma das nove personalidades contempladas com a Medalha da Abolição 2020-2022.

A mais alta honraria do Estado foi entregue pelo governador Camilo Santana e a vice-governadora Izolda Cela, na noite desta sexta-feira, 25 de março, no Palácio da Abolição, em Fortaleza. O evento ocorreu no feriado da Data Magna, que celebrou a abolição dos escravos no Ceará.

Agradecer é um verbo da solenidade, que teve como um dos homenageados, o artesão e mestre da cultura do Ceará, Espedito Seleiro. Além de reconhecer  pessoas de Nova Olinda, Juazeiro, Crato e Fortaleza, Seleiro disse: “quero agradecer ao nosso governador que me deu uma praça bonita lá no meu trabalho, que eu estava precisando muito”.

“Muito obrigado ao Governador Camilo Santana que teve a lembrança de me colocar na lista de agraciados da Medalha da Abolição” foi o que disse também, através de vídeo, o humorista, ator, apresentador, radialista e dublador, Tom Cavalcante. Por motivo de força maior, o artista não pôde estar presente. Mas, para receber a homenagem em seu lugar, enviou a sobrinha Mariana Albuquerque Cavalcante.

“E eu esperava muito por essa medalha! E ela vem em boa hora em que me encontro num momento de muita paz e de muita felicidade, junto a todos os amigos e a família”, ressaltou ainda pela gravação, o Tom Cavalcante.

Inovação é um dos quesitos que chamou mais atenção, nesta edição da Medalha. Que o diga o  Superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará, Dr. Marcelo Alcântara,  um dos contemplados com a honraria, pelo Capacete Elmo, invenção cearense utilizada no tratamento de pacientes com covid-19.

“Nenhuma sociedade, nem um país, nenhuma nação vai atingir desenvolvimento econômico e social, sem ciência de tecnologia de ponta”, indagou Dr. Marcelo, acrescentando: “a matéria prima do Elmo é a solidariedade. É um elemento terno, forte, profundo da condição humana, e que surge nas horas mais escuras e vira luz”, pontuou.

A comenda é destinada às pessoas que têm um relevante trabalho no Ceará ou Brasil. A escolha é feita por uma comissão instituída por meio de decreto. Este ano, a Presidente do Tribunal de Justiça do Ceará, Desembargadora Naílde Pinheiro, foi uma das selecionadas.

“Quero dizer que nesta noite, ser reconhecida pelo meu trabalho, pelas minhas ações, é um momento de muita emoção. É um momento em que o coração pulsa mais forte! E, aqui, eu quero compartilhar toda essa homenagem com a minha linda família”, externou a magistrada, natural da cidade de Aurora, no Ceará.

A lista dos homenageados com a Medalha da Abolição, contou ainda, com o nome do Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas (Cufa), que é, também, empreendedor, produtor cultural e musical. “Está no Palácio da Abolição, está no dia 25 de março, que é o dia de antecipação dessa abolição no Ceará, é um ritual, pra quem vem de onde eu vim”, frisou Preto Zezé.

“Nós temos uma política de educação que é um fetiche pro jovem que vem da Favela, que hoje, sim, pode sim, virar um doutor que vai criar o Elmo, que pode virar um advogado, que pode ser o governador, que pode ser um Presidente da República”, lembrou ainda em seu discurso feito de improviso, o produtor cultural e musical.

A jogadora de futsal Amandinha, tricampeã mundial com a Seleção Brasileira de Futebol e eleita oito vezes a melhor do mundo na modalidade, figurou entre as agraciadas com a Medalha da Abolição. Vale ressaltar, que, em 2022, a cerimônia teve caráter retroativo aos dois anos anteriores, por causa da pandemia da covid-19.

“Tô muito feliz de poder estar recebendo essa medalha, que é tão importante para o nosso Estado. Aonde quer que eu vá, toda e qualquer entrevista que eu dou, eu sempre tenho muita felicidade em dizer que eu sou cearense, que eu represento esse Estado maravilhoso, que mora no meu coração e que eu sou “Cabra da Peste”, também, que é muito importante frisar, disse Amandinha em vídeo gravado e exibido durante o evento.

A desportista que não pôde receber a homenagem, de forma presencial, contou com uma de suas avós, que lhe representou muito bem. Além da Amandinha, foram contemplados também com a Medalha da Abolição, o senador Cid Gomes, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Educação, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), José Ricardo Montenegro Cavalcante.

“Com muita sinceridade, eu não me julgo merecedor de homenagem. Ao contrário, eu sou devedor de homenagens ao povo cearense, que me deu muito mais oportunidades, do que sinceramente eu sonhei na minha vida. O meu sonho era ser Prefeito de Sobral, mas consegui pela generosidade do povo cearense, muito mais do que isso, governar o Ceará por duas vezes e ser senador como muita honra”, mencionou Cid Gomes ao proferir suas palavras de agradecimento.

Já Ricardo Montenegro, industrial cearense há 34 anos, disse emocionado em seu discurso: “governador muito obrigado por essa medalha, eu me sinto muito honrado, divido com todos os industriais do Ceará, e divido mais uma vez, com essa família que está ali”, apontou Montenegro, mostrando ainda, o capacete Elmo, exposto no evento, e lembrando que, talvez, umas 20 pessoas estão vivas hoje, graças ao equipamento.

A emoção tomou contou do evento realizado em grande estilo. Isso ficou provado no discurso de encerramento do Governador Camilo Santana. “Finalizo minha saudação com a palavra que bem resume os nossos sinceros sentimentos aos  agraciados desta noite. Gratidão! Gratidão pela contribuição de cada um, diretamente e através do exemplo pessoal, para construção de um Ceará cada vez melhor, para todos e todas. Pela luta desenvolvida para se transformarem em referências em suas áreas e dignificarem nosso Estado”.

 

 

 

 

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