O deputado federal Yury do Paredão (PL) é um dos alvos de uma investigação da Polícia Federal (PF) em Pernambuco, de acordo com o veículo O Povo. O jornal afirma que fontes do Ministério Público Federal (MPF) e da PF relataram o envolvimento do político com crimes como peculato, fraude em licitações, corrupção passiva e lavagem de dinheiro com a Prefeitura de Ouricuri, a 620,6 km de Recife.
As acusações se referem a uma investigação da Polícia nos dois estados. Dentre os 35 mandados de busca e apreensão expedidos nesta sexta-feira (02/12), nove foram cumpridos em Juazeiro do Norte e um em Fortaleza. Além disso, foram cumpridos também dois mandados de prisão preventiva no município do Cariri, terra de origem do deputado federal eleito.
A investigação foi dividida em três operações: Ipuçaba, que apura contratações de empresas pela gestão para o transporte de alunos da rede pública; Circus, que aponta sobrepreço na compra de tendas e banheiros químico; e Pergaminho, que investiga contratos com empresas constituídas para a prestação de serviços gráficos e reprográficos às secretarias.
“Há fortes indícios de que os serviços não tenham sido prestados, embora os pagamentos tenham sido realizados. O relatório da CGU identificou que as empresas receberam, desde 2012, mais de R$ 61 milhões, somente da Prefeitura de Ouricuri”, revelou o chefe da Comunicação da PF do Pernambuco, Giovani Santoro.
Essa não é a primeira vez que Yury se envolve em polêmicas. Denúncias sobre o suposto envolvimento do deputado eleito em esquemas de corrupção já ocorreram, por exemplo, na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. A Rede ANC tentou entrar em contato com a assessoria do político, mas não conseguiu estabelecer comunicação com nenhum dos meios disponibilizados pelo político. Esse espaço está aberto para futuros pronunciamentos.
Atualização 01: Yury do Paredão se pronunciou através das redes sociais, afirmando que respondeu a todos os questionamentos feitos pela Polícia Federal e que se colocou à disposição para esclarecer quaisquer outras perguntas que venham a surgir. “É meu dever cívico dirimir qualquer dúvida que exista por parte das instituições. Sigo no meu dia a dia com as minhas atividades e ciente de que transparência e prestação de contas são premissas fundamentais do homem público”, afirma.
