Fortaleza nos últimos 10 anos teve 89 áreas de risco de serem atingidos por processos naturais e/ou induzidos que causem efeito danoso, como deslizamentos, inundações e alagamentos.
Contudo, desde 2023, essa quantidade foi revisada, e, após filtragem feita pela Prefeitura, foi constatado que a capital cearense tem 66 áreas de risco, sendo em 39 bairros.
Sabendo disso, em agosto deste ano, a Prefeitura de Fortaleza juntamente com Serviço Geológico do Brasil, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, começarão um levantamento que irá apontar quantas áreas são, verdadeiramente, consideradas de risco na cidade. Portanto, é possível que este novo dado seja tanto maior quanto menor que o do ano passado.
Coronel Heraldo Maia Pacheco, titular da Secretaria Municipal da Segurança Cidadã, afirma que a 89 áreas de risco em Fortaleza é um dado do ano de 202, quando aconteceu a produção do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Fortaleza (PlisFor), além do levantamento da o Serviço Geológico do Brasil, que foi feito no mesmo período.
Além disso, o mesmo diz que estas 89 áreas de risco catalogadas pela PlisFor também incluem territórios vulneráveis socialmente. No entanto, a Defesa Civil considera estas áreas apenas com riscos hidrológicos e geológicos.
Das 66 áreas, localizadas em 39 bairros de Fortaleza, têm o risco de soterramento, inundação, desmoronamento, deslizamento e alagamento. Contudo, 48 destes setores possuem o perigo, principalmente, de inundação.
Bairros como Barra do Ceará, Bonsucesso, Granja Portugal, Mucuripe e Passaré possuem áreas de risco com mais de uma ameaça, tendo a possibilidade de passarem inundações ou alagamentos, por exemplo. Já o Vicente Pinzon é líder da lista, tendo 4 locais com risco de deslizamento.
Outro tipo de local que está suscetível a passar por processos naturais e/ou induzidos são ocupações a margens de rios e córregos, estando vulneráveis, principalmente, a inundações. Com esse tipo risco há as comunidades que vivem próximas da Lagoa do Urubu, Lagoa do Mela Mela, Lagoa da Libânia, Lagoa Azul, Riacho Maceió, Riacho das Pedras, Rio Ceará e Maranguapinho, fora daquelas que estão nas margens de canais.
Entenda as classificações de riscos utilizada pelo Serviço Geológico do Brasil:
- Muito alto: As evidências de instabilidade são expressivas e estão presentes em grande número e/ou magnitude (trincas no solo, em moradias, em muros de contenção, proximidade da moradia em relação ao córrego, etc..). Mantidas as condições existentes, é muito provável a ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas;
- Alto: Observa-se a presença de significativas evidências de instabilidade. Mantidas as condições existentes é perfeitamente possível a ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas;
- Médio: Observa-se a presença de alguma evidência de instabilidade (encostas e margens de drenagens), porém incipientes. Mantidas as condições existentes, é reduzida a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas;
- Baixo: Não há indícios de desenvolvimento de processos destrutivos em encostas e margens de drenagens. Mantidas as condições existentes, não se espera a ocorrência de eventos destrutivos.