O Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neumann, mais conhecido como Hospital da Mulher de Fortaleza, enfrenta uma série de desafios que têm comprometido seus serviços. De acordo com profissionais e pacientes, a unidade está lidando com escassez de medicamentos e insumos essenciais, além de atrasos no pagamento dos salários.
O Hospital da Mulher, que atende a toda a população, é uma das dez unidades da rede pública municipal de saúde de Fortaleza. Oferece 16 especialidades médicas, incluindo ginecologia, obstetrícia, traumatologia, cirurgia geral e vascular, além de exames e serviços de apoio como banco de leite, leitos neonatais, e salas para parto natural e pré-parto.
A unidade, que conta com dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, teve quatro deles bloqueados devido à falta de cateteres de infusão. Essa situação foi confirmada pelo secretário-geral do Sindicato dos Médicos do Ceará, Leonardo Alcântara. Além disso, cirurgias eletivas estão sendo adiadas por falta de materiais e alguns registros indicam redução nas escalas de médicos.

Vale ressaltar que o Hospital da Mulher é um serviço de retaguarda, ou seja, não atende urgências e emergências. Os pacientes só conseguem acesso por meio de encaminhamentos de outras unidades ou por procedimentos eletivos, agendados via postos de saúde.
Resposta da Prefeitura de Fortaleza
O secretário municipal de Saúde, Galeno Taumaturgo, se manifestou sobre a situação em entrevista ao Diário do Nordeste, reconhecendo que a mudança de gestão impactou as entregas de insumos e gerou insegurança entre os fornecedores. Ele afirmou que a Prefeitura está trabalhando para solucionar esses problemas e minimizar as dificuldades enfrentadas pelos hospitais públicos da cidade.
Em relação aos atrasos salariais, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o processo de regularização dos pagamentos está em andamento. Quanto à escassez de cateteres para a UTI neonatal, a SMS garantiu que a aquisição do material está em fase de finalização e que a regularização deve ocorrer até a próxima semana.
A SMS também afirmou que as escalas médicas não foram reduzidas. No entanto, reconheceu que a espera por atendimentos, exames e cirurgias depende de fatores como classificação de risco, cronologia das demandas e disponibilidade de vagas, conforme determinado pela Central de Regulação do Município.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.