A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (29/07), a Operação Conexão Clandestina, com apoio da Divisão de Vigilância e Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal. A ação tem como objetivo desarticular uma associação criminosa acusada de comercializar, de forma ilegal, aparelhos eletrônicos de origem estrangeira introduzidos clandestinamente no Brasil, com o intuito de ocultar os lucros ilícitos das autoridades fiscais.
As investigações apontam para um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo diversos revendedores da região do Cariri especializados na venda de eletrônicos importados sem o recolhimento dos tributos devidos. Também foi constatado que alguns desses comerciantes reproduziam de forma ilegal marcas conhecidas, além de oferecerem consultoria para aquisição e revenda dos produtos de maneira irregular.

Segundo a delegada Isis Pereira, a operação foi iniciada a partir de um flagrante de um dos alvos, no aeroporto de Juazeiro do Norte. “Ele portava 136 aparelhos celulares e outros aparelhos eletrônicos desacompanhados da documentação legal. Diante deste flagrante, iniciou-se uma investigação e se percebeu que o alvo estava conectado a outras pessoas e que praticavam os mesmos crimes, tanto de lavagem de dinheiro, quanto de contrabando e descaminho”, explica.
Nesse contexto, a Justiça Federal expediu 17 mandados de busca e apreensão, cumpridos simultaneamente em endereços de 11 pessoas físicas e seis pessoas jurídicas nos municípios de Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Iguatu e Caruaru (PE). O valor total do prejuízo gerado pelas práticas criminosas ainda está sendo apurado pela Receita Federal.

Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, descaminho, lavagem de dinheiro, violação de marca registrada e sonegação fiscal. O nome da operação faz alusão à conexão contínua entre os envolvidos, que utilizavam estratégias ilegais para burlar o pagamento de tributos e falsificar marcas consagradas no mercado de eletrônicos.
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