
A Polícia Federal (PF) realizou a Operação “Falso Domicílio”. As ações foram cumpridas nesta quarta-feira (06/08) para cumprir quatro mandados de busca e apreensão no município de Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza. Expedida pela Justiça da 88ª Zona Eleitoral, a operação aprofundou as investigações relacionadas a possíveis práticas eleitorais irregulares cometidas em épocas de eleição.
Segundo as investigações, houve transferências ilícitas de domicílio eleitoral e práticas de corrupção ocorridas nos anos de 2023 e 2024, envolvendo o município. A operação “Falso Domicílio” cumpriu mandados no gabinete da Câmara Municipal, bem como em residências localizadas na cidade de Fortaleza.
A operação contou com a atuação de 20 policiais federais. Em comunicado, a PF reiterou o compromisso com a lisura do processo eleitoral e com o combate a práticas que comprometam a democracia e a legalidade.
Práticas eleitorais irregulares
A Polícia Federal ainda não divulgou os nomes dos alvos da operação, nem detalhou se houve apreensão de materiais que possam comprovar as suspeitas investigadas. Porém, denúncias apontam possíveis agentes públicos e intermediários envolvidos em um suposto esquema de transferência fraudulenta de eleitores com o objetivo de influenciar o resultado das eleições municipais de 2024.
As transferências de domicílio eleitoral irregulares são consideradas fraude grave pela legislação brasileira, podendo configurar crimes como falsidade ideológica e corrupção eleitoral. A prática consiste, geralmente, em aliciar eleitores a mudar o local de votação sem que haja vínculo legítimo com o novo domicílio, como residência fixa ou atividade profissional.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esse tipo de conduta compromete diretamente a representatividade do voto e pode desequilibrar o pleito em municípios com eleitorado reduzido, como é o caso do Eusébio.
A Operação “Falso Domicílio” segue em curso e novas fases não estão descartadas.