No ano de 2023, o comércio cearense movimentou R$ 154,8 bilhões em receita bruta de revenda e empregou 287 mil pessoas ao longo do ano. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números revelam a força do comércio varejista, que concentrou 77,2% dos postos de trabalho, totalizando 221,5 mil empregados. Já o comércio por atacado ocupou 43,2 mil pessoas (15,1%), alcançando a maior marca desde 2014. O segmento de veículos, peças e motocicletas, por sua vez, empregou 22,3 mil (7,8%). O percentual representa uma queda de 0,8 pontos percentuais nos últimos 10 anos.
Margem de Comercialização e Renda
Em se tratando da margem de comercialização do setor comercial cearense, o valor chegou a R$ 32,5 bilhões em 2023. Desse total, 61,8% vieram do varejo, 27,4% do atacado e 10,7% do comércio de veículos, peças e motocicletas.
Nesse período, o comércio varejista local ampliou sua fatia na receita bruta, alcançando 54,6%, o que representa um crescimento de 2,4 pontos percentuais em comparação com 2014, quando esse percentual era de 52,1%. Por outro lado, o setor atacadista teve queda, passando de 35,2% para 34,7%. Acompanhando essa tendência de retração, o segmento de veículos, peças e motocicletas também perdeu espaço, reduzindo sua participação de 12,6% para 10,7%.

O rendimento médio dos trabalhadores do comércio ficou em torno de 1,5 salário mínimo. O destaque vai para o segmento de veículos, peças e motos, que pagou os maiores salários médios (1,9 salário mínimo). Em seguida, vem o atacado (1,8 salário mínimo) e pelo varejo (1,4 salário mínimo).
Unidades Comerciais
O estado conta com 45.348 unidades locais (ULs) comerciais. Apesar de uma redução de 9,5% no número de ULs entre 2014 e 2023, houve crescimento recente: entre 2022 e 2023, o número de unidades aumentou 10,1%.
A média de pessoas ocupadas por unidade comercial se manteve estável ao longo da década, girando em torno de seis pessoas. No varejo, essa média foi de seis trabalhadores por UL; no atacado, nove; e no segmento de veículos, peças e motocicletas, cinco.
Nordeste
Na análise regional, o Ceará perdeu participação na receita bruta de revenda entre os estados nordestinos. Em 2014, o estado representava 15,2% da receita da região, percentual que caiu para 13,7% em 2023. Em contrapartida, o Maranhão foi o estado que mais cresceu nesse indicador, passando de 9,8% para 12,2% no mesmo período.

A maior participação é da Bahia, com 27,5%. Já a menor corresponde a Sergipe, que registrou 3,5%.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.