O Ceará registra aumento nos casos de Covid-19, conforme dados mais recentes do boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (07/08). A tendência de crescimento também foi observada no Rio de Janeiro, enquanto outras regiões do país seguem lidando com a alta incidência de infecções respiratórias graves em crianças.
Na maioria dos estados, os registros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associada ao vírus sincicial respiratório (VSR) permanecem elevados entre o público infantil. Na Bahia, houve aumento nas internações hospitalares de crianças e adolescentes com diagnóstico de rinovírus.
Entre idosos, os casos de SRAG por Influenza demonstram queda, embora o nível de circulação do vírus ainda seja considerado de moderado a alto em estados do Centro-Sul, além de regiões do Norte e do Nordeste. Nesse sentido, a Fiocruz alerta para a importância da vacinação periódica contra a gripe e a Covid-19, sobretudo entre pessoas idosas e imunocomprometidas, que devem receber reforço a cada seis meses.
Nas quatro semanas epidemiológicas analisadas pelo boletim, o VSR foi o vírus mais identificado nos casos positivos de SRAG, com 44,7% de prevalência. Em seguida aparecem o rinovírus (34,6%), a Influenza A (13,9%), o Sars-CoV-2 (5,6%) e a Influenza B (1,5%).
Em relação aos óbitos, o vírus com maior frequência entre os confirmados foi a Influenza A, presente em 51,6% das amostras positivas. As demais proporções foram: VSR (18,4%), rinovírus (18%), Sars-CoV-2 (8,1%) e Influenza B (2%).
Variante XFG
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou a circulação da variante XFG do coronavírus no estado. A detecção ocorreu na Semana Epidemiológica 22 de 2025, a partir da análise de sete amostras coletadas em Fortaleza pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Em nova nota técnica publicada em 17 de julho, a Sesa informou a identificação de outras 42 amostras com a variante, com coletas realizadas entre 21 de junho e 7 de julho. Do total, 39 são de residentes no Ceará e três de pessoas vindas de outros estados.
Indicadores nacionais
Em âmbito nacional, os casos notificados de SRAG apresentam sinal de queda nas análises de curto e longo prazo. O boletim da Fiocruz aponta que, em 2025, foram registrados 150.615 casos da síndrome. Desses, 53,5% tiveram confirmação de infecção por algum vírus respiratório, 34,1% resultaram negativos e 5,9% ainda aguardam resultado laboratorial.
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