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Instituição de Ensino arrecada frascos para doação ao Banco de Leite 

Foto: Sandro Araújo / Agência Brasil

O leite materno é o melhor para a nutrição e proteção de bebês e recém-nascidos. De acordo com o Ministério da Saúde, a amamentação pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil, em crianças menores de 5 anos. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que essa seja a única forma de alimentação durante os primeiros seis meses de vida e continue sendo ofertada até, no mínimo, os dois anos de idade. No entanto, algumas mulheres não conseguem produzir leite suficiente.

Pensando nisso, o Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) –  Juazeiro do Norte lança a campanha “Laços dourados: juntos pelo aleitamento materno”, em alusão ao mês de conscientização e incentivo à doação. A iniciativa busca suprir uma necessidade constante da Rede de Bancos de Leite Humano do Hospital e Maternidade São Lucas, único posto de coleta da região do Cariri, de acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado. 

Quanto mais estimulado, mais o leite materno é produzido. Porém, existem fatores externos que podem interferir na lactação. Alterações hormonais, falta de informação, problemas no pré-natal, insegurança, depressão pós-parto e ausência de uma rede de apoio estão entre as principais causas relatadas nas maternidades. 

Além disso, bebês que nascem com alguma condição física, como fissuras labiopalatinas, alergias, baixo peso ou prematuridade, podem apresentar dificuldades na sucção do leite. Casos assim reforçam a importância da Rede de Bancos de Leite Humano e outros órgãos.

Para Priscilla Aleixo, enfermeira e coordenadora acadêmica da Uninassau –  Juazeiro do Norte, mesmo com campanhas anuais, ainda é necessário conscientizar a população sobre a importância da amamentação desde os primeiros meses e do estímulo à doação de leite. “O aleitamento materno é um gesto simples, mas de um impacto imenso. É o primeiro vínculo entre a mãe e a criança. O alimento mais completo e a primeira ‘vacina natural’ recebida pelo bebê. No entanto, nem todas conseguem amamentar de forma exclusiva”, declara. 

Por isso, a mobilização ocorre com o intuito de impactar positivamente a comunidade, tanto acadêmica quanto externa. Além da doação de recipientes para acondicionamento, mulheres que amamentam também podem doar leite materno sem comprometer a demanda do próprio bebê. Por meio da Rede de Bancos de Leite Humano, é possível agendar um horário para a coleta segura ou até mesmo marcar uma visita para coleta domiciliar.

De acordo com informações oficiais da Rede de Bancos de Leite Humano, em Juazeiro do Norte, já foram registradas 203 beneficiárias contempladas pelo Hospital e Maternidade São Lucas, totalizando cerca de 548,7 litros de leite coletados apenas em 2025. A pesquisa mostra ainda que, no último ano, foram registradas 600 doadoras e 369 receptoras. A expectativa é esses números continuarem crescendo nos próximos meses. 

Para acondicionamento seguro e não ter risco de estragar, o leite doado deve ser armazenado em frascos de vidro com tampa plástica, hermeticamente fechados e de boca larga, para facilitar a coleta. O líquido doado passa por rigorosa triagem para garantir a qualidade nutricional e o controle de infecções.  

“A maternidade atende, diariamente, prematuros e recém-nascidos com condições especiais de saúde. Cada frasco doado pelos nossos alunos significa um dia a mais de nutrição e esperança para essas crianças”, afirma Priscilla.  

 

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