PUBLICIDADE

Ceará mantém alto índice de concentração de renda entre os mais ricos

No Ceará, 1% da população mais rica concentra mais de um quinto da Renda Disponível Bruta (RDB) do Estado, equivalente a 21,1%. Esse índice só fica atrás de Pernambuco (22,5%) na região Norte e Nordeste, mas ainda está abaixo da média nacional, que alcança 24,3%. A renda média anual desse grupo no Ceará é de cerca de R$ 570,9 mil.

Quando se observa o grupo ainda mais restrito, os 0,1% mais ricos, a concentração no Estado é de 9,2%, com renda média superior a R$ 2,5 milhões anuais. Neste recorte, o Ceará ocupa o quarto lugar na região Norte e Nordeste. Entre 2017 e 2023, a concentração de renda no Estado cresceu 0,2 ponto percentual para o 1% mais rico e 0,4 ponto percentual para o 0,1% mais rico.

Brasil

Levando em conta todo o país, os dados mostram que estados do Norte e Nordeste apresentam níveis menores de concentração e menor expansão desse indicador entre 2017 e 2023. O Ceará, por exemplo, concentra 1,9% do 1% mais rico do Brasil e 1,28% do 0,1% mais rico. Os dados são referentes a análises do Imposto de Renda entre 2017 e 2023.

Ceará mantém alto índice de concentração de renda entre os mais ricos
Foto: Reprodução

Entre os estados com maior presença do topo da pirâmide, São Paulo lidera, seguido do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Nas últimas colocações aparecem Acre, Amapá e Roraima.

Pesquisa

O estudo realizado pelos economistas Frederico Nascimento Dutra, Priscila Kaiser Monteiro e Sérgio Wulff Gobett revela que, no país, a participação dos 1% mais ricos na renda nacional subiu de 20,4% para 24,3% entre 2017 e 2023. No total, 85% desse crescimento é resultado dos ganhos do 0,1% mais rico, impulsionados principalmente pelas rendas de capital, como lucros e dividendos, que responderam por 66% do aumento.

No mesmo período, a renda do 0,1% mais rico cresceu 48,8% acima da inflação, cinco vezes mais que a média do restante da população, que avançou apenas 1,4% ao ano. Em média, a renda anual do topo da pirâmide aumentou 6,9% e a dos demais, 1,4%.

Alternativas

Entre as propostas do Governo Federal acerca do tema estão a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, descontos parciais para quem recebe até R$ 7.350 mensais e a criação de uma alíquota mínima de 10% para rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), essas medidas terão prioridade ainda neste semestre.

Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Imprimir