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Pesquisa aponta percepção negativa sobre atuação de Eduardo Bolsonaro diante do “tarifaço”

Uma pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20), mostra que a maioria dos brasileiros vê com desconfiança a postura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em relação às tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Segundo o levantamento, 69% acreditam que o parlamentar atua em defesa de interesses próprios e da família, enquanto apenas 23% avaliam que ele trabalha em prol do país. Outros 8% não souberam responder.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece como a autoridade com maior aprovação no enfrentamento da crise. Para 44% dos entrevistados, Lula está conduzindo bem o processo — percentual quase duas vezes maior que o registrado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (24%) e pelo próprio Eduardo Bolsonaro (24%). O deputado está em viagem aos Estados Unidos, onde afirma articular novas sanções em reação ao julgamento do pai no Supremo Tribunal Federal (STF).

Quando questionados sobre qual campo político está agindo de forma mais correta, 48% dos brasileiros apontaram Lula e o PT, contra 28% que citaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Outros 15% afirmaram que nenhum dos dois lados conduz bem a questão, e 9% não souberam responder.

Em relação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, 71% consideram equivocada a decisão de impor as tarifas, vista por muitos como perseguição a Bolsonaro. Já 21% disseram apoiar a medida, enquanto 8% não responderam. Para 51%, a decisão de Trump atende a interesses políticos pessoais; 23% veem a medida como uma tentativa de proteger a economia norte-americana.

Sobre a reação brasileira, a maioria (67%) defende a negociação com os EUA, enquanto 28% preferem uma resposta com novas tarifas contra produtos americanos. Quanto às chances de um acordo, a opinião pública se divide: 48% acreditam que Lula terá sucesso nas tratativas, enquanto 45% são céticos.

O levantamento ouviu 12.150 pessoas de 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 17 de agosto, em oito estados que somam 66% do eleitorado nacional (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo). A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

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