Nesta quarta-feira (20/08), a Polícia Civil do Ceará (PCCE) mobilizou mais de 200 agentes em uma operação que alcançou 18 das 25 Áreas Integradas de Segurança (AISs) do estado, além de ações nos estados do Piauí, Maranhão e no Distrito Federal. A Operação Nocaute V cumpriu 88 mandados de prisão contra membros de uma organização criminosa cearense, elevando para 141 o total de capturas desde a primeira fase da iniciativa, que já havia resultado em 53 prisões.
Em entrevista coletiva, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Roberto Sá, destacou alguns números referentes ao enfrentamento à criminalidade. “É importante ressaltar que, somente no mês de julho de 2025, houve um aumento de 60% nas prisões de pessoas que cometeram Crimes Violentos Letais Intencionais. No mesmo mês, também registramos um crescimento de 90% nas prisões relacionadas a organizações criminosas. Entre janeiro e julho, já são 1.668 presos por assassinato e 1.131 por envolvimento com organizações criminosas”, afirmou.
O delegado-geral da PCCE, Márcio Gutiérrez, ressaltou que o êxito da operação decorre do trabalho contínuo da Polícia Civil. “No ano passado, em operações da Polícia Civil, conseguimos identificar e prender 187 criminosos que estavam fora do estado. De janeiro a julho deste ano, já realizamos 177 prisões de alvos relevantes do Ceará em outros estados. Somente hoje, mais três pessoas foram identificadas e capturadas fora do nosso território”, explicou.
A ofensiva foi coordenada pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), pela Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pelo Departamento de Inteligência Policial (DIP). As ações ocorreram em Fortaleza, na Região Metropolitana, no Interior Sul, no Interior Norte e em unidades fora do Ceará.
Entre os 88 mandados cumpridos, 43 foram contra pessoas em liberdade e 45 em unidades prisionais. A operação ainda resultou em flagrantes por tráfico de drogas, em Fortaleza, e por posse ilegal de arma de fogo, em Quixadá. Também houve uma ação que bloqueou R$ 13,9 milhões das contas dos investigados.
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