A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou, nesta terça-feira (19/08), o Índice de Inovação dos Estados 2025, em Brasília. Consolidado em sua sétima edição, o estudo se destaca como referência nacional na avaliação da inovação em todas as 27 unidades federativas, fornecendo dados estratégicos para apoiar políticas públicas e iniciativas privadas voltadas à ciência, tecnologia e inovação.
Para Raphael Ribeiro, especialista do Departamento de Estatística da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o índice oferece mais do que dados. “Ele nos ajuda a identificar estados e regiões que podem ser beneficiados, enquanto também revela localidades que necessitam de apoio em inovação. O índice é aderente à missão da ABDI, que é a difusão de tecnologias inovadoras”, pontuou.
O lançamento da edição 2025 também contou com a apresentação de Guilherme Muchale, economista-chefe da Fiec e gerente do Observatório da Indústria Ceará. Ele explicou que o estudo nasceu da necessidade de compreender o estágio de inovação em cada unidade federativa.
“Antes, visualizávamos os resultados do Brasil no contexto global, mas não sabíamos o estágio da inovação em cada uma das 27 unidades federativas. Daí surgiu a proposta do Índice de Inovação dos Estados”, explicou.
A metodologia detalhada por Eduarda Mendonça, líder técnica de Inteligência Competitiva do Observatório, combina referências internacionais adaptadas ao Brasil. Uma equipe de 22 economistas e engenheiros de dados processa informações de forma automatizada, garantindo precisão.
O índice avalia as dimensões Capacidades e Resultados, com 12 indicadores e 28 subindicadores que contemplam desde capital humano e investimentos em ciência e tecnologia até empreendedorismo, produção científica e sustentabilidade ambiental.
Desigualdades e Avanços
O estudo revela diferenças históricas entre regiões. São Paulo lidera tanto no ranking geral quanto nas dimensões Capacidades e Resultados, seguido por Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Entre 2021 e 2025, os estados que mais avançaram foram Mato Grosso do Sul, Ceará, Alagoas e Acre. O Sudeste segue como a região mais bem colocada, seguido pelo Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
O relatório destaca que a inovação é um fator-chave para produtividade, competitividade e superação de desafios globais, como mudanças climáticas e avanços tecnológicos. O desempenho do Nordeste se mostra acima do esperado em relação às suas capacidades, evidenciando o potencial da região.
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