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Ceará realiza primeira cirurgia robótica pelo SUS no Norte-Nordeste

A cirurgia robótica tem se consolidado na urologia, especialidade que cuida do sistema urinário de homens e mulheres e do aparelho reprodutor masculino. A tecnologia permite procedimentos menos invasivos, com maior precisão, redução da dor no pós-operatório e recuperação mais rápida.

Todos os movimentos do robô são controlados pelo cirurgião por meio de um console, exigindo treinamento especializado. Vale destacar que o equipamento não atua de forma autônoma, já que sua função é ampliar a capacidade do profissional na execução de cirurgias complexas.

A técnica robótica é uma evolução da cirurgia laparoscópica tradicional e pode substituí-la em muitos procedimentos oncológicos e não oncológicos. Os pacientes com câncer de próstata, rim e bexiga são os principais beneficiados com o método. Na prostatectomia radical, que consiste na retirada da próstata, o robô possibilita preservar estruturas importantes.

“Obtém-se mais precisão na remoção do tumor e na preservação de estruturas delicadas, como os feixes vasculonervosos, que têm papel primordial na ereção, além de estruturas musculares importantes para a continência urinária”, explica Diego Capibaribe, urologista e cirurgião robótico.

Ceará realiza primeira cirurgia robótica pelo SUS no Norte-Nordeste
Foto: Divulgação

No caso do câncer de rim, a nefrectomia parcial permite remover apenas o tumor, preservando o máximo de tecido renal saudável e garantindo melhor funcionamento do órgão. Em casos como esse, destaca-se a precisão do robô, que é crucial em procedimentos que exigem delicadeza.

Além de tumores, a cirurgia robótica é indicada para estreitamento entre o ureter e o rim, crescimento da próstata, doenças da supra-renal, reconstrução da bexiga e correção de prolapsos em mulheres. “A visão tridimensional, ampliada e de alta definição, além dos movimentos precisos que o robô proporciona, contribuem para resultados mais eficazes e seguros”, comenta o especialista.

Acesso

No Brasil, o acesso à cirurgia robótica é limitado, concentrando-se em hospitais privados devido ao alto custo dos equipamentos e insumos. Tal fato dificulta sua disponibilização pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em outubro de 2024, o Ceará registrou a primeira cirurgia robótica pelo SUS no Norte-Nordeste. O procedimento foi realizado pelo Programa de Cirurgia Robótica da Rede ICC (Instituto do Câncer do Ceará), supervisionado pelo urologista Diego Capibaribe, e aprovado pelo Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), do Ministério da Saúde.

Atualmente, em Fortaleza, cirurgias robóticas são realizadas no Hospital Haroldo Juaçaba, da Rede ICC Saúde. Outros três hospitais privados também realizam os procedimentos na cidade.

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