
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), deflagrou na manhã desta sexta-feira (12) a Operação “Clandestino”, que tem como alvo um agente de segurança pública lotado no município do Crato, na região do Cariri.
De acordo com as investigações, o servidor estaria recebendo salário regularmente, mesmo estando fora do país cursando medicina em uma universidade no Paraguai. Outro agente de segurança também é investigado por supostamente ter conhecimento da prática ilegal e não ter comunicado às autoridades competentes.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em residências dos suspeitos, foram recolhidos aparelhos celulares, documentos e outros materiais que podem reforçar as apurações. A medida foi autorizada pelo Núcleo de Custódia e de Inquérito do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), com sede em Juazeiro do Norte.
Segundo o MPCE, os indícios apontam para o crime de peculato, que ocorre quando um servidor público se apropria ou utiliza-se indevidamente de recursos vinculados ao exercício da função. O material apreendido será analisado pelo Nuinc e deve subsidiar a continuidade das investigações.
O Ministério Público informou ainda que a operação é parte de uma série de ações de combate à corrupção e ao desvio de recursos públicos em diferentes municípios do interior cearense. O nome “Clandestino” faz referência à situação irregular do agente, que estaria fora do país, mas mantinha vínculos ativos com a folha de pagamento do Estado.
As investigações seguem em andamento e os nomes dos envolvidos não foram divulgados oficialmente.