O Governo Federal anunciou que empresas brasileiras impactadas pelo aumento de tarifas dos Estados Unidos já podem acessar os R$ 40 bilhões disponíveis em crédito subsidiado pelo Plano Brasil Soberano. Desse total, R$ 30 bilhões vêm do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O programa define prioridades conforme o impacto das tarifas sobre o faturamento das empresas. Segundo José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, as companhias mais atingidas – aquelas com 20% ou mais do faturamento comprometido pelas exportações para os EUA – terão maior acesso a linhas de crédito. Empresas com impacto entre 5% e 20% e aquelas afetadas por tarifas de 10% ou 25% também poderão receber apoio, com taxas de juros ajustadas ao nível de necessidade.
“O que a gente percebeu? Que, às vezes, quando o empresário precisa mudar para onde ele quer exportar, tem regras diferenciadas nos países, tem certificações, precisa fazer algum desenvolvimento, então também terá uma linha para esse apoio”, explicou Gordon. As taxas de juros variam entre 6% e 10% para as linhas mais incentivadas e podem ficar abaixo da Selic para empresas com menor impacto, utilizando a Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD).
Como solicitar?
Para acessar o crédito, a empresa deve primeiro verificar a elegibilidade no portal do BNDES, com autenticação via certificado digital GOV.BR. O sistema indica quais soluções estão disponíveis.
Em seguida, é preciso procurar o banco de relacionamento, seja ele público, privado ou cooperativo. O BNDES possui mais de 50 parceiros financeiros, que atuarão no intermédio da liberação do crédito e na orientação da empresa durante o processo.
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