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Três candidatos disputam eleição suplementar em Santa Quitéria

Foto: Reprodução

Cândida Figueiredo (União Brasil), Joel Barroso (PSB) e Lígia Protásio (PT) são os nomes confirmados para disputar a eleição suplementar à Prefeitura de Santa Quitéria. As candidaturas foram oficializadas durante convenções partidárias realizadas nos dias 20 e 21 de setembro no município, localizado a 223 km de Fortaleza.

O novo pleito, agendado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) para o dia 26 de outubro, será realizado devido à cassação do mandato do prefeito reeleito José Braga Barrozo, conhecido como Braguinha (PSB). Preso antes de assumir o segundo mandato, ele teve o diploma cassado sob acusação de envolvimento com facções criminosas.

No sábado (20), o ex-prefeito e então pré-candidato Tomás Figueiredo (MDB) retirou sua candidatura, abrindo espaço para sua esposa, a ex-deputada estadual Cândida Figueiredo. A mudança foi resultado de um acordo político com o grupo do deputado federal Moses Rodrigues (União Brasil), que participou da convenção ao lado de seu pai, Oscar Rodrigues (União Brasil), atual prefeito de Sobral.

O nome do vice de Cândida ainda não foi definido, mas deve ser anunciado até esta terça-feira (23), data-limite para o registro das candidaturas. A campanha começa no dia seguinte e segue até a véspera da votação.

Cândida exerceu mandatos como deputada estadual entre as décadas de 1990 e 2000, alternando entre titular e suplente. Em 1996, chegou a concorrer à Prefeitura de Sobral contra o hoje senador Cid Gomes (PSB), mas foi derrotada.

“Nós temos que tirar Santa Quitéria dessa lama. Nós temos que erguer a nossa cabeça. Nós temos que colocar nossos filhos para estudar com dignidade”, continuou. “E vou continuar lutando para ver a minha cidade, a nossa cidade à frente de tudo. E eu só aceitei esse desafio porque do meu lado eu tenho Tomás. Tomás é um grande administrador”, discursou a candidata.

Inicialmente, Tomás pretendia ter como vice a ex-prefeita Lígia Protásio, que foi vice de Braguinha e chegou a assumir a gestão por quase um ano durante o afastamento do titular por suspeitas de corrupção. Como o PT não abriu mão da cabeça de chapa, a composição da oposição foi alterada, ainda com expectativa de um acordo de última hora.

Desde o afastamento de Braguinha, quem responde interinamente pela Prefeitura é Joel Barroso (PSB), presidente da Câmara Municipal e filho do ex-prefeito. Joel oficializou sua candidatura neste domingo (21), com Das Chagas Paiva (PP) como vice. A coligação conta ainda com apoio do Podemos.

Participaram dessa convenção o deputado federal Robério Monteiro (PDT) e os deputados estaduais Almir Bié (PP) e Jeová Mota (PSB). O evento contou ainda com a presença de dois vereadores do PT, Renato Catunda e Pé de Mola. O filho do prefeito cassado não escondia o interesse de trazer a sigla petista para perto novamente, diminuindo a força da oposição na cidade. 

“Gratidão a vocês todos por abraçarem esta causa, por acreditarem no nosso projeto, diferente do projeto de um ex-gestor, que governou por quatro vezes e ontem, no discurso, nos cobrava um hospital em 8 meses de mandato. Se ele em quatro mandatos não fez, eu vou fazer um hospital em 8 meses de mandato? Falar que o nosso projeto não é um projeto pessoal que nem a outra candidata. Fez um projeto pessoal, um projeto de tirania, se apropria da prefeitura, esquece de gerir, esquece de direcionar para quem realmente merece chegar ao serviço”, discursou Joel, criticando os adversários no pleito e lembrando-se em vários momentos do pai.

O governador Elmano de Freitas (PT), citado por Jeová e Robério, declarou recentemente que só irá se posicionar sobre a eleição após o encerramento das definições partidárias.

Lígia Protásio também oficializou sua candidatura neste domingo, com Rayana Bendor (PT) como vice. O evento contou com a presença do deputado federal Yury do Paredão (MDB) e do secretário estadual Vladyson Viana (PT).

A petista rompeu politicamente com Braguinha e foi candidata à prefeitura em 2024, ficando em terceiro lugar com 29,02%, atrás de Tomás (29,44%) e do então reeleito Braguinha (41,01%).

Lígia citou projeto alinhado ao ministro Camilo Santana, o governador Elmano de Freitas e o presidente Lula. Além disso, a candidata afirmou ter “abertura” para dialogar com os dois vereadores petistas que estiveram na convenção de Joel.

“Eu torço por uma democracia”, iniciou. “Infelizmente nossa cidade voltou à instabilidade, com insegurança, falta de recursos e de crescimento. Como está tendo agora essa suplementar, não ia mudar o projeto de 2024. Cada um tem seu livre direito de pensar, eu acredito que esses vereadores devam repensar melhor, até porque o PT é bem coeso e a gente só quer mesmo que a união prevaleça”.

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