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Construção civil registra menor nível de atividade desde 2016

Em agosto de 2025, a indústria da construção brasileira registrou o desempenho mais fraco para o mês em nove anos, aponta a Sondagem Indústria da Construção. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (23/09) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Neste mês, a indústria da construção atingiu apenas 46 pontos no índice de evolução do nível de atividade, registrando o desempenho mais baixo para agosto desde 2016. Isso representa uma queda de 3,5 pontos em relação a julho. O cenário negativo se refletiu também no emprego, que recuou para 46,3 pontos, e na Utilização da Capacidade Operacional (UCO), que caiu para 66%. Esta é a menor taxa observada nos últimos três anos.

Construção civil registra menor nível de atividade desde 2016
Foto: Reprodução

Segundo Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a elevação da taxa de juros tem pressionado o setor. “A elevação da taxa de juros vem trazendo, progressivamente, maiores problemas para a indústria da construção, um encarecimento do investimento, mas principalmente uma perda de ritmo na demanda, por conta da elevação dos custos”, explicou.

Confiança e Expectativa

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção subiu 1,2 ponto em setembro, alcançando 47 pontos. Embora ainda esteja abaixo da marca de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança, o indicador sugere menor pessimismo, especialmente em relação às perspectivas de desempenho das próprias empresas nos próximos seis meses.

Por outro lado, as expectativas quanto à atividade mostraram retração. O índice de compras de matérias-primas caiu para 49,4 pontos, enquanto o de novos empreendimentos recuou para 49,2 pontos, ambos em campo negativo. Projeções sobre o número de empregados e o nível de atividade também apontaram moderação, sinalizando cautela para os próximos meses.

Mesmo em meio à crise, a intenção de investir teve uma recuperação, subindo para 41,1 pontos em setembro. Isso ocorre após três quedas consecutivas, recuperando parcialmente as perdas acumuladas.

A pesquisa desta edição ouviu 298 empresas entre 1º e 10 de setembro. Do total, 122 são pequenas, 118 médias e 58 grandes.

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