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Nova ferramenta do SUS permite rastreio precoce de autismo em crianças

A identificação precoce de atrasos no desenvolvimento infantil ganha reforço em Fortaleza com a aplicação de um novo teste em crianças pequenas. A iniciativa faz parte da linha de cuidado recém-publicada pelo Ministério da Saúde, que orienta a aplicação do questionário M-Chat a todas as crianças nos primeiros anos de vida.

A ferramenta já é utilizada para detectar atrasos no desenvolvimento, mas agora deve ser aplicado de forma sistemática em pacientes de 16 a 30 meses atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério, o objetivo é reconhecer alterações nos marcos de desenvolvimento, orientar as famílias e encaminhar crianças para estimulação precoce antes de qualquer diagnóstico formal.

Em Fortaleza, a implementação envolve 559 equipes de saúde da família, distribuídas em 134 postos da cidade. De acordo com Erlemus Soares, coordenador da Atenção Primária e Psicossocial da capital, elas estão passando por capacitação para aplicar o teste e adotar a nova linha de cuidado.

Nova ferramenta do SUS permite rastreio precoce de autismo em crianças
Foto: Reprodução

O questionário identificará se a criança precisa de avaliação mais especializada ou se pode continuar sendo acompanhada na atenção primária. A depender do resultado, o encaminhamento especializado leva a criança ao Centro de Diagnóstico Espaço Girassol. Caso haja a permanência na atenção primária, o acompanhamento inclui estimulação precoce nos Núcleos de Desenvolvimento Infantil.

A Secretaria Estadual da Saúde do Ceará (Sesa) oferece apoio na capacitação continuada dos profissionais, com foco especial em enfermeiros responsáveis pela puericultura, que é o acompanhamento periódico de crianças e adolescentes. O treinamento também aborda a orientação às famílias, envolvendo equipes multidisciplinares com fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

Thais Facó, coordenadora da Atenção Primária da Sesa, destaca que a rede pública de saúde do Ceará se prepara para atender a demanda crescente de crianças com autismo. “Temos uma população de crianças autistas aumentando cada vez mais. Precisamos nos preparar pra oferecer não só o diagnóstico precoce, que é determinante no futuro delas, mas para garantir uma abordagem terapêutica ao longo da vida”, comentou.

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