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Mensalidades escolares sobem 8,5% no Nordeste em 2025

Foto: Reprodução

Ainda restam três meses para o término de 2025, mas as famílias já começaram a pensar e se organizar para os custos com a educação privada do próximo ano letivo. Dentro desse item do orçamento de pais e responsáveis, um dos maiores pesos é a mensalidade escolar, que deve ter um acréscimo médio de 8,5% em todo o Nordeste.

O levantamento realizado pelo Grupo Rabbit indica que o reajuste deverá ser quase o dobro da inflação em todos os estados da região. Isso porque, conforme o mais recente Boletim Focus, do Banco Central, a inflação no país deve encerrar o ano em 4,8%.

No Brasil, o menor aumento nas mensalidades deve acontecer na região Sul (6,5%) e o maior no Sudeste, com Minas Gerais apresentando a maior projeção, com uma média de 10%. Ainda segundo o Rabbit, os percentuais de reajuste das mensalidades escolares consideram três fatores principais: a inflação do período, o reajuste salarial dos professores e os investimentos feitos pela instituição de ensino.

Veja percentual médio de reajuste por região

  • Nordeste – 8,5%
  • Norte – 8,6%
  • Centro-oeste – 9%
  • Sudeste – 9,7%
  • Sul – 6,5%

No Ceará, o último reajuste médio foi de 9%. Já no Nordeste, a média anterior era de 8,3%, ou seja, neste ano o percentual está mais elevado.

O Sinepe-CE declara que compreende que o aumento na anuidade escolar  “pode gerar preocupações para as famílias, especialmente diante dos desafios econômicos atuais”. “Nosso compromisso é garantir que esses ajustes sejam feitos de forma justa e transparente, sempre seguindo o que estabelece a Lei Nº 9.870/1999, que permite que as escolas repassem os custos necessários para manter a qualidade do ensino”.

A vice-presidente Andrea Nogueira Sales afirma que “o justo está de acordo com cada projeto de ensino e demais componentes que abrangem tal projeto, além dos custos de cada estabelecimento de ensino”.

Ainda na nota, o sindicato destaca que as instituições levam em conta seus custos operacionais e os aportes necessários para manter a qualidade educacional.

Planejamento e negociação no radar das famílias

Para Wandemberg Almeida, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), as mensalidades escolares não devem comprometer mais do que 25% da renda líquida familiar. Qualquer valor superior a isso, segundo ele, acaba prejudicando os gastos essenciais, como moradia, saúde e alimentação, por exemplo.

“Esse é o reflexo negativo quando um preço da mensalidade sobe acima da inflação. Causando uma certa desestabilização no planejamento financeiro da família”.

Para contornar esse impacto, o economista sugere estratégias como a criação de uma reserva anual destinada à educação, considerando despesas com matrícula, material escolar e o possível reajuste. Essa prática permitiria diluir o impacto ao longo do tempo e evitar que ele concorra com outras despesas típicas do início do ano, como os tributos IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores).

Outro ponto fundamental, segundo Wandemberg, é a negociação, já que muitas escolas concedem descontos para pagamento adiantado ou para famílias com mais de um filho matriculado.

“É importante nesse momento você procurar uma barganha. No meu caso, tenho três filhos. Então, na escola em que estudam consegui desconto de 30% para cada um deles. Assim, procurar manter todos os filhos na mesma instituição pode ser uma forma de se obter um melhor valor”, recomenda.

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