O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciaram ações emergenciais para combater intoxicações por metanol em bebidas alcoólicas. Nesse sentido, foram estabelecidos estoques de etanol farmacêutico em hospitais universitários federais, com aquisição de 4,3 mil ampolas, e mapeadas 604 farmácias de manipulação capazes de fornecer o medicamento.
O fomepizol, principal antídoto para intoxicação por metanol, ainda não possui registro na Anvisa. A exigência é necessária para a comercialização no país. Para viabilizar sua importação, a Agência publicará um edital internacional para localizar fabricantes e distribuidores.
Autoridades regulatórias internacionais foram consultadas, incluindo FDA (EUA), ANMAT (Argentina), COFEPRIS (México), EMA (União Europeia), Health Canada (Canadá), MHLW (Japão), MHRA (Reino Unido), NMPA (China), Swissmedic (Suíça) e TGA (Austrália). O governo solicitou à Organização Pan-Americana de Saúde a entrega de 100 doses de fomepizol e planeja a compra de mil unidades extras para integrar o estoque permanente.
No âmbito legislativo, a Câmara dos Deputados aprovou urgência para votação de projeto que transforma em crime hediondo a adulteração de alimentos ou bebidas com substâncias que ofereçam risco à vida ou grave ameaça à saúde.
Dados
Até o momento, o Brasil registrou 59 notificações de intoxicação por metanol: 53 em São Paulo, cinco em Pernambuco e uma no Distrito Federal. Desses casos, 11 foram confirmados, incluindo uma morte, enquanto sete permanecem em investigação.
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