Em agosto de 2025, mais de 90% do território cearense apresentava algum nível de seca, segundo o Monitor de Secas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A seca moderada, que já provoca danos às culturas, pastagens e reservatórios, atingiu 55,25% do Estado. O percentual representa um salto em relação aos 35% registrados em julho. A redução das chuvas típicas do segundo semestre é apontada como principal fator para esse agravamento.

A situação dos reservatórios reflete esse quadro. Dos 143 açudes monitorados, o volume acumulado em outubro corresponde a apenas 46,95% da capacidade total. Regiões como Sertões de Crateús, Médio Jaguaribe e Banabuiú operam em níveis críticos. Respectivamente, eles possuem 14,36%, 25,58% e 31,96% das suas capacidades. Em contraste, áreas como Litoral (83,36%) e Alto Jaguaribe (80,55%) apresentam os melhores índices de volume armazenado.

Apesar de alguns açudes estarem em situação confortável, outros reservatórios estão em alerta. Apenas um açude estava sangrando e outros nove estavam com volume acima dos 90%, enquanto 31 operavam com menos de 30% de sua capacidade. A distribuição desigual das chuvas tem provocado impactos diretos na disponibilidade de água para irrigação, afetando a produção agrícola em diversas regiões.
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