O governador Elmano de Freitas participou, nesta terça-feira (4), do Fórum de Líderes Locais da COP30 – Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, realizado no Rio de Janeiro. Em sua fala, o chefe do Executivo estadual enfatizou a importância de promover uma transição energética justa, equitativa e inclusiva, pautada na geração de emprego, renda e desenvolvimento regional.

O evento, que ocorre de 3 a 5 de novembro, reúne gestores públicos e especialistas para debater o papel de cidades, estados e regiões na implementação de soluções climáticas concretas e na aceleração das metas do Acordo de Paris. Entre os temas abordados estão o avanço da energia renovável, a eficiência energética e o afastamento gradual dos combustíveis fósseis.
“A pauta mais importante do mundo hoje é a transição energética justa e equitativa — um princípio que tem guiado cada decisão do nosso governo. Queremos uma transição sustentável não apenas do ponto de vista ambiental, mas também capaz de transformar vidas e gerar oportunidades para o povo cearense”, destacou o governador.
Ceará como referência em energia limpa
O Ceará é reconhecido como protagonista nacional na agenda de energia limpa. No estado foi produzida a primeira molécula de hidrogênio verde (H₂V) do Brasil, e os sete pré-contratos já assinados para a produção desse combustível somam investimentos de cerca de US$ 30 bilhões, com estimativa de 80 mil novos empregos diretos e indiretos.

Além disso, o Ceará ocupa o 4º lugar no ranking nacional de geração de energia eólica e solar, consolidando-se como polo estratégico da transição energética brasileira.
Políticas públicas que unem sustentabilidade e inclusão
A estrutura da transição energética cearense é sustentada por políticas inovadoras, como o Plano Estadual de Transição Energética Justa – Ceará Verde, que articula ações voltadas à sustentabilidade e à inclusão social. Entre as iniciativas, destacam-se:
-
Programa Agente Jovem Ambiental (AJA) – envolve 10 mil jovens dos 184 municípios cearenses em projetos socioambientais, com bolsa, formação técnica e certificação;
-
Programa Auxílio Catador – incentiva a reciclagem e a reutilização de resíduos sólidos, beneficiando diretamente 3.655 catadores e catadoras em todo o estado.
“Essas e outras iniciativas asseguram que a transição climática também seja inclusiva e geradora de oportunidades. Uma transição justa se mede tanto pelas emissões que evitamos quanto pelas vidas que transformamos”, afirmou Elmano de Freitas.
Formação e inovação para a economia de baixo carbono
O Ceará também investe na formação de capital humano e na inovação tecnológica voltadas à economia verde. O Estado receberá uma unidade do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), prevista para 2027, que oferecerá cursos em Engenharia de Sistemas e Energias Renováveis.
O novo instituto se soma a outros projetos estratégicos, como o “Educação e Competências para o Futuro”, desenvolvido pelo Observatório da Indústria (FIEC) em parceria com a UFC e o IFCE, e o Projeto H-Tec, do Governo do Ceará, que prevê R$ 34 milhões em investimentos para a criação de laboratórios em 13 municípios e a formação de 12 mil técnicos e multiplicadores de conhecimento.
Desafios e perspectivas para o Brasil
Durante o encontro, o governador ressaltou que, embora o Ceará esteja avançando rapidamente, é essencial fortalecer as políticas de transição energética em todo o país.
“O Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, mas precisamos acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias, como o Hidrogênio Verde, e aprimorar o armazenamento e a distribuição de energia”, pontuou.
Elmano também destacou a importância de ampliar incentivos à indústria nacional, de modo a viabilizar uma nova base produtiva sustentada em energia renovável.
“O fortalecimento da nossa indústria verde é decisivo para a economia que queremos construir para o país”, concluiu.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.


